Asteroide monitorizado pela ESA devido ao risco de colisão com a Terra em 2032
Mark Garlick

Asteroide monitorizado pela ESA devido ao risco de colisão com a Terra em 2032

Embora seja pequena, não está completamente descartada a possibilidade de colisão com o planeta Terra em 22 de dezembro de 2032. Segundo as autoridades internacionais do ramo, há 1,3% de hipóteses de essa colisão acontecer.
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O asteroide 2024 YR4 está a ser monitorizado pelos astrónomos da Agência Espacial Europeia (ESA), depois de um telescópio do sistema ATLAS, no Chile, o ter detetado a 27 de dezembro do ano passado.

Embora seja pequena, não está completamente descartada a possibilidade de colisão com o planeta Terra em 22 de dezembro de 2032. Segundo as autoridades internacionais do ramo, há 1,3% de hipóteses de essa colisão acontecer.

O asteroide mede entre 40 e 100 metros de diâmetro, relativamente pequeno em termos astronómicos, mas com uma dimensão suficiente para causar danos significativos caso atinja a Terra.

O 2024 YR4 está a movimentar-se a uma distância de cerca de 47 milhões de quilómetros da Terra e a sua órbitra excêntrica até se está a afastar do nosso planeta, mas no próximo meio século poderá roçá-lo em sete ocasiões, a primeira das quais em final de 2028, quando passar a cerca de 8 milhões de quilómetros da Terra. Mas é na sétima que a possibilidade de colisão é maior.

O asteroide tem a classificação de nível 3 na Escala de Turim, um método que classifica os potenciais danos que podem ser causados pelo impacto de cometas e asteroides próximos da Terra, nível esse que corresponde a “um encontro próximo, digno da atenção dos astrónomos” e capaz de provocar “destruição localizada”.

Neste momento, os cálculos indicam que o asteroide passará a cerca de 106 200 quilómetros da Terra, mas a incerteza sobre a sua órbitra exata deixa em aberto a possibilidade de uma colisão direta com o nosso planeta. Embora ainda seja demasiado cedo para determinar com exatidão onde ocorreria o impacto, os cientistas acreditam que poderá ocorrer ao longo de um corredor que atravessa o norte da América do Sul, o oceano Atlântico, a África equatorial e o sul da Índia e da China. Porém, as próximas observações poderão alterar por completo estas estimativas.

A colisão deste asteroide com a Terra não seria suficientemente grande para desencadear uma catástrofe mundial, mas tem a capacidade para devastar completamente uma grande cidade, pois a sua explosão no ar libertaria uma energia equivalente a oito milhões de toneladas de dinamite, mais de 500 vezes mais o que a bomba atómica de Hiroshima libertou.

Se o asteroide entrar em rota de colisão com a Terra, caberia à Rede Internacional de Alerta de Asteroides (IAWN) desenvolver, junto dos governos mundiais, uma estratégia para planear as respostas de mitigação necessárias.

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