Eis um filme de terror americano com duas curiosas presenças portuguesas: Kika Magalhães, compondo uma jovem marcada pela morte brutal da mãe, reproduzindo nas suas ações os momentos trágicos a que assistiu; e Amália Rodrigues na banda sonora (facto justificado pelo passado da mãe, como cirurgiã, vivido em Portugal).
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Nicolas Pesce tem uma "mensagem" muito simples: cada ligação de amor está sempre assombrada pelas marcas de alguma morte. De uma obsessiva precisão de composição, sustentada por uma fotografia a preto e branco invulgarmente competente, o filme nem sempre se sabe libertar de um maneirismo algo gratuito. Fica, sobretudo, a capacidade de definir um ambiente de muitos assombramentos e algumas hábeis elipses narrativas, conferindo uma inquietação peculiar ao simples desenrolar do tempo.
Classificação: ** (com interesse)