Na última cerimónia dos Óscares, Charlize Theron homenageou Shirley MacLaine falando da sua personagem em O Apartamento (1960), de Billy Wilder. Um papel marcado pela doçura do seu olhar, tal como em Deus Sabe Quanto Amei (1958), ao lado de Frank Sinatra. Neste In Memoriam, contudo, a MacLaine que encontramos é mais próxima da mulher difícil de Laços de Ternura (1983), o filme que lhe valeu o único Óscar
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E se ela é verdadeiramente a razão de ser da narrativa caricata, sobre uma mulher obsessiva que quer supervisionar a escrita prévia do seu obituário, não há muito mais que jogue em favor... Aqui tudo é fabricado para o humor e a lágrima confortáveis. Amanda Syefried, a rapariga que escreve obituários, é uma boa companheira de ecrã, mas nada tem mais vitalidade do que o rosto de 83 anos de MacLaine, a trazer nostalgia ao som dos The Kinks.
Classificação: **