Um filme de terror para quem está cansado de filmes de terror. Tudo se passa numa casa de floresta durante uma epidemia que desconhecemos. Lá fora está o apocalipse e lá dentro há um casal e o seu filho adolescente. Lutam para sobreviver numa América a desaparecer.
Shults não nos prega sustos de rompante, prefere criar um clima de medo em crescendo. Joga com silêncios, escuridão e uma desconfiança minimal sobre aquele pai que é capaz de tudo para proteger a sua noção de família. Os lânguidos movimentos de câmara têm uma suspeição que nos inquieta e o silêncio das personagens arrepia-nos sem darmos por isso. Dir-se-ia que é um cineasta que encontrou um tom singular de ser creepy com elegância. E filma o sacrifício ao mesmo tempo que filma a obsessão da família institucional americana. Ajuda também muito ter um ator como Joel Edgerton.
Classificação: *** Bom