Museu do Chiado lança concurso para artistas dos novos media

O Museu Nacional de Arte Contemporânea -- Museu do Chiado abre terça-feira as candidaturas ao Prémio Sonae Media Art 2017, no valor de 40 mil euros, destinado ao incentivo na área dos novos media, anunciou hoje esta entidade.

De acordo com o Museu do Chiado, o prémio bienal, patrocinado pela Sonae, num total de 65 mil euros, em segunda edição, vai receber candidaturas até 17 de fevereiro deste ano.

O júri selecionará cinco finalistas que receberão uma bolsa de 5.000 euros cada, para a criação de uma obra inédita, que ficará em exposição no museu.

Na primeira edição, em 2015, o galardão distinguiu a obra "1989", de Tatiana Macedo, 36 anos, um dos cinco finalistas do arranque do prémio, além de Diogo Evangelista, dos Musa paradisíaca (Miguel Ferrão e Eduardo Guerra), de Rui Penha e Patrícia Portela.

O Prémio Sonae Media Art dirige-se às formas de criação artística contemporânea que utilizem meios digitais e eletrónicos, nas áreas de 'vídeo arte', projetos sonoros, projetos de exploração do virtual e da interatividade, bem como propostas de 'network' (rede), em que poderão estar incorporadas outras formas de arte como a 'performance', a dança, o cinema, o teatro ou a literatura.

Os trabalhos candidatos serão avaliados por um júri de seleção, composto por Adelaide Ginga, historiadora da arte e curadora do Museu do Chiado, António Sousa Dias, compositor, investigador e professor associado na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, e Teresa Cruz, investigadora do Centro de Estudos de Comunicação e Linguagens e professora de Teoria da Imagem, da Estética e Teoria dos Media e das Artes Contemporâneas na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.

Os cinco artistas selecionados serão conhecidos no final de fevereiro e receberão uma bolsa de cinco mil euros para a criação de uma obra inédita, que será exposta no Museu Nacional de Arte Contemporânea -- Museu do Chiado.

O vencedor do Prémio Sonae Media Art será escolhido entre os cinco finalistas, através da avaliação das obras em exposição, por um júri de premiação constituído por Filipa Oliveira, curadora e atual diretora artística do Fórum Eugénio de Almeida em Évora, Nuno Crespo, investigador e professor auxiliar convidado no Departamento de História da Arte da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, Ramus Vestergaard, investigador, diretor e curador-chefe do DIAS -- Digital Interactive Art Space, galeria dinamarquesa com um foco específico em media art e arte digital.

A obra inédita de Tatiana Macedo "1989", vencedora da primeira edição, é uma tripla projeção com som espacializado, em que a artista trabalhou três grandes linhas de questionamento: o documental, o ficcional e o arquivo, aspetos de importância fulcral no pensamento e prática artística da contemporaneidade, revelando uma investigação continuada na área do vídeo e do filme e das suas relações com a memória, a história e a cultura contemporâneas.

O objetivo do galardão, segundo a organização, é "promover a criatividade e a inovação, estimular novas tendências e aproximar a sociedade à arte, possibilitando o desenvolvimento de experiências enriquecedoras de desenvolvimento pessoal e coletivo".

As candidaturas estão abertas a todos os artistas de nacionalidade portuguesa ou a estrangeiros residentes em Portugal, com a idade máxima de 40 anos, inclusive, e o regulamento está disponível em www.sonae-mediart.com.

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