"O projeto-lei está fechado, entregue e em redação final. Irá seguir, nos próximos dias, para promulgação pelo Presidente da República. Nele constará o Mosteiro da Batalha como Panteão Nacional. Conseguimos aquela que era a nossa ambição", disse hoje o presidente da Câmara da Batalha, Paulo Batista dos Santos, à margem da apresentação do programa de atividades do monumento nacional..Património da humanidade da organização das Nações Unidas de Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), desde 1983, o Mosteiro da Batalha junta-se à lista de monumentos com o estatuto de panteão nacional, que integra o Panteão Nacional, no edifício originalmente destinado para igreja de Santa Engrácia, em Lisboa, assim como a Igreja de Santa Cruz, em Coimbra, a que se junta o Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa..No final de março, uma proposta de alteração da lei, que "define e regula as honras do Panteão Nacional", apresentada pelo PS, pedindo que o Mosteiro dos Jerónimos merecesse esse estatuto, foi aprovada no parlamento, com os votos favoráveis de todos os partidos, "sem prejuízo da prática do culto religioso"..O projeto então aprovado previa igualmente que o Panteão Nacional permanecesse instalado em Lisboa, na Igreja de Santa Engrácia..Nessa altura, a Câmara da Batalha defendeu publicamente a atribuição do estatuto de Panteão Nacional ao Mosteiro da Vitória, pela importância para a História de Portugal das personalidades ali estão sepultadas..O presidente da Câmara da Batalha lembrou então que seria "da mais elementar justiça" o mosteiro ser Panteão Nacional, por ali estarem "alguns dos nomes com maior significado histórico de toda a Idade Média e que representam quer a independência nacional, quer a expansão encetada através do Descobrimentos"..No Mosteiro da Batalha estão sepultados D. João I, D. Filipa de Lencastre, o infante D. Henrique, o infante D. João, D. Isabel, D. Fernando, D. Afonso V, D. João II, D. Duarte e também o Soldado Desconhecido.