Morreu Fernando Costa, diretor de fotografia e fundador da Cinemate

Criou uma das mais antigas empresas portuguesas de estúdios e equipamentos cinematográficos. Funeral realiza-se sábado, em Lisboa
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O produtor e diretor de fotografia Fernando Costa, fundador da Cinemate, morreu hoje, aos 79 anos, em Lisboa, em consequência de doença prolongada, disse à agência Lusa fonte daquela empresa cinematográfica.

O velório realiza-se na sexta-feira, a partir das 17:30, na Igreja do Campo Grande, em Lisboa, e o funeral acontece no sábado, às 16:00, no cemitério do Alto de São João, sendo antecedido de missa naquela igreja e passagem pelas instalações da Cinemate, em Loures.

Fernando Costa morreu poucos meses depois de ter sido distinguido, em maio, pela Academia Portuguesa de Cinema, com um prémio Sophia de carreira, ao lado da atriz Carmen Dolores.

Começou em 1957 a fazer recados na Tobis na altura tinha 17 anos Foi aprendendo o ofício, ora como eletricista, ora como operador de câmara. E foi como operador de câmara ao longo de 12 consecutivos anos que Fernando filmou Portugal e África como repórter de atualidades, que eram exibidas antes dos filmes.

Fundador da Cinemate em 1965, uma das mais antigas empresas portuguesas de estúdios e equipamentos cinematográficos, e também de produção de cinema e televisão, Fernando Costa foi chefe eletricista, operador de camâra, diretor de fotografia e produtor.

Foi ainda na Tóbis que conheceu e acompanhou Perdigão Queiroga quando o realizador filmava Fado, História de uma Cantadeira com Amália. Tornou-se assim colaborador regular de Queiroga quer na ficção, em filmes como O Parque das Ilusões (1963), quer em documentários como Crimes na Cozinha (1964), Museus e Pinturas (1964) ou Inverno em Portugal (1971).

Trabalhou também com realizadores como Henrique Campos, Jesus Franco, Francis Ford Coppola, Fernando Vendrell e Franklin Schaffner.

"A história de Fernando Costa confunde-se com a história do cinema português dos últimos sessenta anos", afirma a Academia Portuguesa de Cinema.

Jorge Amorim realizou um documentário sobre Fernando Costa em que o próprio partilha muitas das suas memórias:

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