Pop in rio Tejo. Os 30 anos de Psicopátria foram uma festa
Um mergulho para o rio Douro (na capa do álbum, reproduzida no ecrã) e um mergulho descarado na pop transformaram Psicopátria (1986) num êxito dos GNR, que lhes abriu as portas dos estádios e dos rocks dos anos seguintes.
Trinta anos depois e meses após a interpretação integral do disco no Porto, Rui Reininho, Toli César Machado e Jorge Romão fizeram da pala do Pavilhão de Portugal, no Parque das Nações, em Lisboa, uma festa com Efectivamente, Bellevue, Nova Gente ou Pós-Modernos a abrir o concerto no Super Bock Super Rock.
Foi com estas canções que os GNR cresceram e há quem o lamente ainda hoje (Alexandre Soares deixaria a banda depois), mas na sua aparente simplicidade, Psicopátria é uma composição complexa que fez com que a pop deixasse de vez de ter vergonha de ser cantada em português.
Cumprida a quase totalidade do alinhamento de Psicopátria (faltou só To Miss, que surgiria num vídeo quase home made e em formato de créditos finais do concerto), com Choque Frontal, Rui Reininho anunciou: "Bem-vindos a 2016." E a banda (outro trio juntou-se a Reininho, Machado e Romão) arrancou para Vídeo Maria, Las Vagas e Cadeira Elétrica provando que GNR quer dizer Grupo Novo Rock.
Este sábado à noite, mesmo com os anos todos em cima os GNR fizeram-no com prazer. Pena o público escasso durante grande parte do concerto (culpa de horários demasiado coincidentes). Eles mereciam muito mais.