José Cid volta a atacar Tony Carreira e diz que o próximo álbum dele é o primeiro de originais

O cantor, que acaba de lançar um novo disco, também tem algo a dizer sobre Bono Vox e Madonna
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José Cid volta a atacar Tony Carreira, um artista que já lhe mereceu comentários pouco favoráveis em situações anteriores. Desta vez, em entrevista ao i, o músico diz que não quer fazer referências ao colega mas acaba por fazer. "Não quero falar do Tony Carreira porque não quero promover o próximo álbum, que é o primeiro de originais", afirma.

No seu próprio estilo, José Cid lança uma farpa relativa ao processo de plágio que Tony Carreira enfrenta. O cantor foi acusado de 11 crimes de usurpação e de outros tantos de contrafação. Entre os temas que terá plagiado estão, por exemplo, "Depois de ti mais nada", "Sonhos de menino", "Se acordo e tu não estás eu morro", "Adeus até um dia".

Cid tem nos últimos anos alertado, em forma sarcástica, para a questão do plágio, ainda antes de esta ter chegado à justiça. Além disso, por várias vezes, criticou Tony Carreira musicalmente.

"Ninguém tem, nem nunca irá ter, marketing como o Tony Carreira. E ter marketing é positivo para pessoas que cantam muito pouquinho, que têm umas letras rafeiras, pequeninas, cujas músicas têm uma falta de originalidade assombrosa...", disse à TV7Dias em 2013, numa entrevista em que acrecentou que Tony "tem-se revelado um excelente pai. Consegue pôr aquelas crianças [Mickael e David], que não cantam nadica, a 'cantar' e a serem estrelas."

Em junho do ano passado, rebentou uma polémica nas redes sociais por causa de uma entrevista de 2010 em que José Cid se referia aos transmontanos como "pessoas medonhas, feias e desdentadas". "Eu, às vezes, digo na brincadeira que deviam fazer uma muralha da China entre Trás-os-Montes para não deixarem passar alguma música que vem de lá. Porque, efetivamente, é um prejuízo para a cultura popular portuguesa. Essas pessoas do Portugal profundo já deviam ter evoluído. Vêm de excursões, pessoas que nunca viram o mar, para o Pavilhão Atlântico, pessoas assim, medonhas, feias, desdentadas, E isso, efetivamente, não é Portugal", disse o músico a Nuno Markl.

Segundo esclareceu então o biógrafo de Cid, as declarações do músico tinham por objetivo atingir Tony Carreira. "Quando ele fala na construção de um muro que impedisse a passagem dos transmontanos para fora da sua área geográfica, o que quis dizer foi que o Pavilhão Atlântico, assim, já não encheria para ouvir Tony Carreira, explicou Miguel Gonçalves ao JN.

José Cid, que disse ter recebido ameaças, na sequência do episódio, pediou depois desculpa aos transmontanos pelas declarações. Apesar disso, na entrevista hoje publicada no i faz uma referência ao caso. "nos próximos 30 anos não vou a Trás-os-Montes, mas o meu planeta também não é o das pessoas rancorosas e eternamente sem sentido de humor. Mas se sãoa ssim, aceito. Possi ir visitar o meu amigo e os amigos em Trás-os-Montes. O cantar é outra coisa. Eu também não quero", disse.

Além de Tony Carreira, José Cid manda umas farpas a estrelas internacionais. Diz que já comprou bilhete para assistir ao concerto dos U2 em Lisboa, mas revela que vai gravar uma versão em inglês da banda irlandesa. "Que é para os portugueses perceberem que estou com muito mais voz que o Bovo Vox. Mas de caras! Mesmo aos 75 anos".

A rainha da pop também não é esquecida. "A Madonna vai perceber que, por estar em Portugal, pode gravar um fado, mas como ela só canta em playback vai ser complicado".

José Cid tem um novo trabalho, "Clube dos Corações Solitários do Capitão Cid", em vinil e CD, que, segundo afirmou recentemente à Lusa, é aquele em que mais se revela. "Este disco é de facto aquele em que mais me mostro, é uma espécie de arco-íris, não se define musicalmente, é um álbum de canções, todas muito diferentes umas das outras", afirmou o músico.

Para combater qualquer tipo de coerência musical, José Cid afirmou que optou por músicos diferentes em cada uma das canções. "Coerente era a minha avó!", declarou Cid, que celebra no domingo 76 anos.

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