"Os cantores de K-Pop são uma espécie de embaixadores da Coreia"

Entrevista a NC.A, que cantou no final do K-Pop Festival Portugal, realizado no Teatro Maria Matos, em Lisboa e descobriu por cá uma legião de fãs da música coreana
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Em palco veste-se como uma colegial. Faz parte da imagem que a equipa que rodeia NC.A construiu para que se consiga impor no competitivo mundo do K-Pop, a música moderna da Coreia do Sul, parte do Hallyu ou Onda Coreana. Mas com os holofotes desligados NC.A é uma tímida jovem sul-coreana de 19 anos (faz 20 em outubro) chamada Im Soeun. A entrevista foi feita no aeroporto de Lisboa, em finais de julho, antes do embarque para a primeira etapa da viagem de regresso a Seul, e com tradução de coreano para português. Esteve cá como jurada do K-Pop Festival Portugal, onde 15 concorrentes tentaram nas categorias de canto e de performance ser os representantes nacionais na final que terá lugar em setembro na Coreia do Sul. Há eliminatórias em 76 países, prova da popularidade deste género musical, que muitos associam a Psy mas que tem como grupos míticos Girls"Generation, BIGBANG e 2NE1. Quanto a NC.A, começou em 2013 com My Student Teacher e tem como êxitos recentes Coming Soon, Cinderella Time e Vanilla Shake.

Tem 19 anos. Há quantos canta?

Há três anos.

Continua a estudar ou é cantora 100% profissional?

Acabei o ensino secundário e não segui os estudos universitários. Agora só canto.

O mercado da K-Pop é muito competitivo e os nomes sucedem-se uns aos outros a grande velocidade. Pensa fazer uma carreira na área das artes ou tem planos de um dia voltar a estudar e ter vida diferente desta de cantora?

Há muitas coisas que gostava de fazer. Gostava de juntar à carreira de cantora também a de compositora. E escrever letras de músicas. Também me atrai a ideia de ser atriz. E a muito longo prazo gostava de aprender a pintar.

Quais são os seus grupos ou cantores preferidos de K-Pop?

Tenho grande admiração por Ailee. Uma portuguesa cantou uma música dela no festival aqui em Lisboa.

Para muitos ocidentais, Psy é o único músico coreano que conhecem e graças ao youtube. Que acha do fenómeno Gangnam Style?

Foi muito curioso. Lembro-me de me interrogar como é que os fãs descobriram essa música. É que Psy já era conhecido dos coreanos, mas foi graças à popularidade no estrangeiro que ganhou mais fama na Coreia. Agora em Gangnam, que é uma zona chique de Seul, até há uma estátua com a dança do cavalo.

E gosta da música de Psy ou acha que é para gente mais velha?

Gosto. Acho mesmo muito gira.

É a primeira vez que está em Portugal. O que viu do país?

Gostei muito de Belém. E subi no elevador de Santa Justa. Tive pouco tempo aqui em Lisboa, vim para o festival de K-Pop. Fui também a Almodôvar, onde há muitos admiradores do K-Pop.

A única atuação que teve foi no festival K-Pop no Teatro Maria Matos, em Lisboa. Que músicas cantou?

Cantei as três mais populares. Uma delas foi música numa telenovela de grande sucesso. Outra que cantei foi Cinderella Time, uma balada. E cantei outra mais de dança.

A K-Pop ajuda a Coreia do Sul a ter uma imagem positiva no mundo?

Sim. A música ajuda a dar a conhecer a Coreia. Acho que os cantores de K-Pop são uma espécie de embaixadores da Coreia. Um dia espero que nestes festivais em vários países interpretem as minhas músicas. Gostava muito.

Acredita que um dia as duas Coreias vão estar unidas e acabar com este clima de guerra?

Acredito que sim.

Uma última pergunta. Entre os músicos ocidentais quais são os seus preferidos?

Gosto de Jessie J e da Ariana Grande. E também de Bruno Mars.

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