Entre a ficção de Hollywood e a magia de Harry Potter
Os montes recortados no horizonte são os de Hollywood, mas dentro deste universo mágico a imaginação transforma-os nas Terras Altas da Escócia, onde se esconde a vila de feiticeiros Hogsmeade.
A luz natural da Califórnia dá uma cor única ao mundo onde há lojas de chocolates saltitantes, varinhas de feiticeiros e livros com dentes. Ao longe, o castelo. The Wizarding World of Harry Potter abre a 7 de abril no parque de diversões da Universal Studios, em Hollywood, e o que se vê ali dentro é o mais perto que alguém alguma vez estará dos segredos de Hogwarts.
"Pusemos um grande esforço nos detalhes. É um estúdio de filmagem tornado realidade", diz Alan Gilmore, o diretor de arte dos filmes Harry Potter que trabalha neste projeto há dois anos. É verdade: os estúdios ali ao lado são sobretudo fachadas, em que nada é real.
Mas aqui é tudo pedra e cimento, lojas a sério e ruas estreitas - exatamente como são no Reino Unido, onde vive o mundo criado por J. K. Rowling. Gilmore, um irlandês de sotaque cerrado, explica ao DN porque é que este Wizarding World se destaca dos outros dois, um em Orlando e outro em Osaka, Japão. "Este espaço tem várias características interessantes, os Hollywood Hills e a luz da Califórnia, que é diferente de todos os lugares", indica. "As cores são muito vívidas, e isso deu-nos a oportunidade de trabalhar nos detalhes e nos jogos de sombras."
A aventura começa na estação de "Londres", onde os aprendi-zes de feiticeiros apanham o Hogwarts Express. Os criadores instalaram uma réplica da carruagem onde Harry, Hermione e Ron se encontraram pela primeira vez, e o bónus é que os compartimentos para as bagagens por cima dos bancos são os que foram usados no filme.
Até o tecido que cobre os bancos vem da mesma fábrica que os do estúdio. "Tudo aqui tem uma história para contar", diz Gilmore, apontando para os candeeiros que iluminam a estação. "Estamos num tempo antes da eletricidade, por isso o Wizarding World só tem óleo, carvão e magia", revela. "As coisas aqui ou são encantadas ou mecânicas." É por isso que a câmara que tira a foto dos amigos sentados na carruagem está escondida dentro de um relógio. Não se vê tecnologia em lado nenhum.
Em Los Angeles