As primeiras reações dos dez que passaram à final da Eurovisão

Os dez países apurados para a final na terça-feira falaram aos jornalistas. Das mensagens da israelita Netta aos elogios da lituana à representa do Chipre.
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Os dez finalistas da primeira semifinal da Eurovisão começaram a chegar às 23.00, pela mesma ordem em que os seus nomes foram aparecendo nos ecrãs de televisão. O representante da Áustria, César Sampson foi uma das primeiras surpresas. Apesar de colher simpatias entre os fãs e jornalistas de meios especializados em Eurovisão, não ocupava os lugares cimeiros nas apostas. Discreto, disse que quando terminou a performance se sentia bem. "Junto das minhas pessoas". "Estive ocupado em ser feliz".

A Estónia nunca ganhou a Eurovisão, mas Elina Nechayeva pode mudar a história com a sua canção, La Forza. "O mais importante é cantar do coração da alma e assim posso chegar às pessoas e apelar a emoções escondidas, talvez haja arrepios e lágrimas", afirmou durante a conferência de imprensa.

Chipre tem três quintos lugares na história da Eurovisão, mas nenhuma vitória. E Eleni Foureira está, este ano, entre as favoritas. É o que diz a sua crescente popularidade e a reação à sua chegada à sala de imprensa. Os fãs fizeram coro enquanto um excerto de Fuego se ouvia pela sala. "Estou tão contente por estar aqui. Obrigada pelo amor e apoio. Vou tentar fazer história, mas o que estamos a fazer é pela música e pelo momento", afirmou a cantora, ensaiando assim alguns versos da canção. Cantaram os fãs, mas também os outros concorrentes.

Na sala de imprensa, tanto a sua canção como a da Israel foram das ouvidas com mais atenção e aplausos. De nacionalidade grega, Eleni explicou que "estava pronta para chorar" quando percebeu que Yanna Terzi, que representava a Grécia ficou pelo caminho. "Gostaria que as coisas fossem realmente diferentes. Ela foi extraordinária."

A lituana Ieva Zasimauskaite, sentada ao lado de Eleni Foureira elegiou a rival. A cantora trouxe o marido, ator, para a sua performance em palco, tal como o tinha já incluído no teledisco da canção. No filme, aliás, participam também os avós. "Para mim, o mais importante são as relações".

Toy, a canção-manifesto de Netta, contra o bullying e a favor de todos os tipos de beleza, também está na final, representando a Israel. Do seu país natal veio a pergunta: que diria a cantora de hoje à jovem que vítima de bullying na adolescência? "Está tudo bem, não mudava nada, tive de passar pelo que passei o que fez o que sou, mas também digo que gostava que o bullying acabasse", afirmou. "Gosto de mim e gosto de todas as pessoas."

Netta é uma das favoritas a vencer a Eurovisão. Como lida com esta pressão de que vai ganhar diariamente? "Acho que é como o Matrix; decidimos qual é o comprimido que queremos tomar". E completou: "Estamos aqui para celebrar diversidade, e eu estou aqui para juntar-me a todos os músicos incríveis a esta mesa. Eu quero fazer um grande trabalho e inspirar o máximo de pessoas e chegar ao máximo de corações possíveis. Para mim, isso é ganhar."

Mikolas Josef, da República Checa, chega à final com um quase-recorde: é a segunda vez que o país se qualifica para a final. O país, que nunca venceu, participa desde 2007 e só chegou à final em 2016. Na sua atuação, o artista previa incluir um mortal que acabou por ser retirado após uma les\\ao. Haverá mudanças na final? "Talvez enlouqueça e o faça", afirmou.

A Bulgária, que participa na Eurovisão desde 2005, chega pela quarta vez à final com os Equinox e a canção Bones. "A atmosfera foi fantástica, sentimos o amor, tivemos a nossa equipa a apoiar-nos. É esforço de equipa, obrigada por virem dos EUA para esta aventura", disse Vlado Mihailov, um dos vocalistas desta banda criada para este evento, digindo-se a outros elementos da banda. "Estive no ano passado com Kristin Kostov nos back vocals e o ambiente este ano é ótimo".

Eugent Bushpepa, da Albânia também está na final. "Foi ótimo, senti-me muito bem". O cantor dedicou a canção a todas as pessoas que ama. "É uma canç\\ao sobre amor e para aqueles que amo, dedico a todos os albaneses, porque sinto saudades da Albânia."

É uma marca no currículo de Saara Aalto, da Finlândia: Ficar em segundo. "E aqui fui a penúltima a ser anunciada. "Eu estava tão nervosa, tão nervosa. Foi terrível. Não havia câmaras, estavam muito longe...". A cantora diz que a Eurovisão era algo com que sonhava. "Estou à espera há 20 anos, é o meu grande sonho. É a melhor noite das nossas vidas. Este é o lugar onde pertenço".

Ryan O' Shaughnessy quer quebrar o feitiço de 20 anos sem ganhar da Irlanda. Diz que a sua canção é "sobre todo o amor" e que decidiu escrevê-la por altura do referendo ao casamento do mesmo sexo no seu país. "Amor é amor".

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