"Súplica de Inês de Castro" vista por 8200 pessoas num mês

Publicado a

O quadro "Súplica de Inês de castro", de Vieira Portuense (1765-1805), foi vista por 8.200 pessoas durante o mês em que esteve em destaque, no Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA), em Lisboa, após a sua apresentação pública.

Esta afluência de visitantes verificou-se entre 27 de Fevereiro e 29 de Março, período em que o quadro esteve exposto numa sala com mais três estudos de Vieira Portuense, indicou hoje à Agência Lusa uma fonte do museu.

A pintura retrata o momento dramático em que Inês de Castro, acompanhada pelos filhos pequenos, suplica ao rei D. Afonso IV que lhe poupe a vida, enquanto os carrascos se preparam para a matar.

Na sequência de um alerta do Grupo de Amigos do MNAA, o quadro - cujo paradeiro era desconhecido desde 1807 - foi resgatado em 2008 num leilão em Paris por um mecenas português em parceria com o Estado, e viria a ser comprado pela Caixa Geral de Depósitos por 257 mil euros.

A obra foi agora integrada na exposição permanente do museu, na sala 1 do piso três, no núcleo de pintura portuguesa do século XIX, onde ficará até 14 de Abril, data a partir da qual começarão obras nesse piso para acolher a exposição "Portugal e o Mundo nos séculos XVI e XVII - Encompassing the globe", prevista para abrir a 10 de Julho.

Durante o período de obras e no decurso da exposição sobre a presença portuguesa no mundo, a "Súplica de Inês de Castro" ficará no piso zero do museu, na galeria de exposições temporárias, integrando a exposição antológica da colecção "Pintura Portuguesa de Nuno Gonçalves a Domingos Sequeira".

"Súplica de Inês de Castro" - com 1,96 metros de altura por 1,50 metros de largura - foi executada para o Palácio da Ajuda, e o seu rasto perdeu-se a partir de 1807, ano em que foi levada para o Brasil pela família real portuguesa.

Nascido no Porto, em 1765, Vieira Portuense estudou em Lisboa e em Roma e foi um dos introdutores do neoclassicismo na pintura portuguesa. Adoeceu com tuberculose e mudou-se para a Madeira, onde morreu com apenas 39 anos.

Diário de Notícias
www.dn.pt