"Constelações" na Trienal de Arquitetura 2016

A quarta edição da Trienal de Arquitetura de Lisboa, prevista para 2016, terá como título "Constelações - Uma Pausa para a Utopia", incluirá três exposições de referência e conferências subordinadas, além de um programa satélite na capital.
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As linhas gerais da programação da próxima edição do evento dedicado à arquitetura contemporânea foram hoje apresentadas pela organização, em Lisboa, no Palácio Sinel de Cordes, onde a Trienal tem sede.

"A Forma da forma", no Museu da Eletricidade, "Na Obra", na Fundação Calouste Gulbenkian, e "O Mundo nos nossos olhos", na Garagem sul do Centro Cultural de Belém (CCB) serão as três principais exposições da edição de 2016, a par de três conferências que lhe serão subordinadas, e um conjunto de exposições satélite em vários espaços de Lisboa e na cintura urbana.

Hoje não foram revelados nomes de convidados das conferências e outros eventos porque, segundo José Mateus, presidente da Trienal, o objetivo era divulgar numa primeira fase o título e o conceito da quarta edição.

"As informações mais detalhadas serão reveladas numa conferência de imprensa em setembro ou outubro de 2015", disse, justificando que o título do evento "resulta do amadurecimento do projeto da Trienal ao longo das três edições anteriores".

Acrescentou que a organização vai "reafirmar o princípio da independência e pluralidade de visões, e assentará em sólidas parcerias com instituições nacionais e internacionais, propondo ao público um momento de intensa descoberta e reflexão sobre alguns dos temas nucleares da arquitetura".

O objetivo central é "delinear um estado da arte da cultura arquitetónica e comunicar a um público alargado as raízes profundas que a arquitetura tem na organização da nossa sociedade".

Através das exposições, a Trienal pretende explorar a natureza da forma arquitetónica ("A Forma da forma"), apresentar estudos de casos do passado e contemporâneos ("A Obra") e os processos de urbanização ("O Mundo nos nossos olhos").

O arquiteto Diogo Seixas Lopes, um dos curadores da quarta edição - em conjunto com André Tavares - disse que a próxima Trienal "não terá um tema que sirva de guarda-chuva. Mais do que um tema, "Constelações" é um mote".

Na apresentação estiveram presentes os principais parceiros do evento: da Fundação Millennium BCP, Fernando Nogueira, da Fundação CCB, António Lamas, da Fundação EDP, António de Almeida, da Fundação Calouste Gulbenkian, Isabel Carlos e pela Câmara Municipal de Lisboa, a vereadora Graça Fonseca.

António Lamas, que assumiu as funções de presidente do CCB há cerca de um mês, disse que a primeira experiência que teve no cargo foi o contacto com o espaço do centro cultural reservado às exposições de arquitetura, a Garagem Sul, inaugurada em dezembro de 2012.

"Continuarei a dar o maior apoio possível a este projeto", declarou.

Por seu turno, a vereadora Graça Fonseca sublinhou que "a área criativa é um dos motores-chave da cidade, e a parceria com a Trienal permite desenvolver uma programação diversificada e ocupar um espaço aberto a novos projetos, sobretudo de jovens talentos".

No final da apresentação, e em declarações aos jornalistas, acrescentou que "Lisboa tem imenso potencial para tornar-se uma capital da arquitetura e do design" e que a CML espera que o Palácio Sinel de Cordes, onde a Trienal tem sede, "se torne cada vez mais um espaço de acolhimento de projetos que contaminem toda a cidade".

O espaço, cedido pela câmara, vai ser alvo de obras a partir de janeiro de 2015 para criar um polo criativo, na sequência de um concurso organizado pela Trienal, com o objetivo de reabilitar o edifício e incentivar profissionais ligados à área.

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