Araújo e Zambujo: música, amigos e dois copos de vinho

O primeiro de 17 concertos da dupla começou com Foi Deus, de Amália
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Começou cedo a romaria à porta do Coliseu dos Recreios. O momento era histórico, até porque não é todos os dias que dois artistas portugueses (ou de qualquer outra nacionalidade) conseguem a proeza de esgotar 17 datas nas mais emblemáticas salas nacionais, numa sucessão de concertos que se vai prolongar até ao dia 28 de março.

Houve até quem se enganasse na data: "Minha senhora, este bilhete não é para hoje, é para amanhã", esclarecia um paciente porteiro do Coliseu a uma fã que comprou um bilhete para o primeiro dia. Esqueceu-se foi que, com o passar do tempo e aumento da procura - ou neste caso da loucura -, várias outras datas foram sendo acrescentadas.

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Dentro da sala, nas primeiras filas, viam-se outras caras conhecidas, como a fadista Mariza ou a cantora Luísa Sobral. A expectativa era alta, tão alta que foi quase em total silêncio que as cortinas se abriram e, ainda às escuras, se ouviu a guitarra em distorção de Miguel Araújo, a atacar uma versão elétrica de Foi Deus, o clássico imortalizado por Amália Rodrigues, logo em seguida cantado quase à capela por António Zambujo. Um momento solene, em tudo contrastante com o que se viria a passar nas quase duas horas restantes, com os dois artistas a falar, a contarem histórias e a trocar canções, como se de um vulgar serão entre amigos se tratasse, igual a tantos outros passados juntos - nem sequer faltava uma pequena mesa, com uma garrafa de vinho e dois copos de pé alto, que proporcionaria as mais diversas piadas ao longo da noite.

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