Pixies. Uma verdadeira descarga de nostalgia

Nostalgia foi servida em doses reforçada no regresso dos americanos a Portugal, na primeira noite do Alive.
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Já o concerto entrava na hora quando aquela guitarra chamou todos de novo a olharem para o palco: suspenderam-se conversas, travaram-se passos e as vozes acompanharam os primeiros versos de Where Is My Mind?. Logo a seguir veio Here Comes Your Man e a festa dos Pixies - na primeira noite do festival Nos Alive, no Passeio Marítimo de Algés - não mais parou até ao final: Vamos, Caribou, Debaser e a fechar Rock Music.

Frank Black (ou Black Francis, como se queira chamar ao vocalista icónico da banda) e companhia fechavam em glória um concerto em que a nostalgia foi servida em doses reforçadas. Logo desde os primeiros acordes e do primeiro feedback (o som pouco ajudou), foram os velhos êxitos dos anos 1980 e 90 que melhor alimentaram a vontade de os ouvir.

Também por isso, pelo meio, a passagem pelo novo álbum, Head Carrier, com o tema-título e o single Um Chagga Lagga, ou outras canções menos reconhecidas, esmoreceram uma audiência que se encontra algures entre os trintas e muitos e os quarentas e tais, de quem dançou afinal muitas vezes ao som dos Pixies na sua adolescência.

Sem pausas entre os primeiros temas, a banda de Boston começou com uma sequência que só pode ter agradado a quem vinha à espera da descarga de guitarras que os caracteriza: Bone Machine, Head On, uma versão dos Jesus and Mary Chain, Wave on Mutilation, Subbacultcha ou Velouria.

Em palco, os Pixies mostraram que os anos não passaram por eles, mesmo que agora quase se limitem a uma execução eficaz dos sucessos de sempre. Where Is My Mind? Por onde andou esta cabeça? Foi aos 80/90 e pulou de novo na adolescência.

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