Abrigos para refugiados têm o melhor design do ano
O abrigo para refugiados desenvolvido pela Fundação IKEA e pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados ganhou o prémio de melhor design de 2016 e melhor design de arquitetura, atribuídos pelo museu do design Beazley, em Londres.
Num ano uma vez mais tragicamente marcado pela crise dos refugiados - com as Nações Unidos a estimar em 67 milhões as pessoas que se encontram refugiadas ou que requerem asilo -, estes abrigos já chegaram a milhares de pessoas. Desenvolvido em 2015 na Suíça, o Better Shelter (Melhor Abrigo, em tradução literal) tinha por objetivo provar que o design sustentável poderia fazer a diferença na ajuda humanitária e ser a casa de quem está fora de casa na sequência de conflitos ou desastres naturais.
O abrigo é muito parecido com uma casa, mas é amovível, feita de material resistente, tem energia solar, ventilação, chão, portas e janelas, é resistente ao fogo e tem capacidade para cinco pessoas
De acordo com o site oficial do produto bastam quatro pessoas e entre quatro e oito horas para montar o abrigo, com 17 metros quadrados. Pesa 169 quilos, mas vem em duas caixas, com todas as peças e ferramentas necessárias à instalação.
Entre os 70 projetos nomeados para os prémios de design do museu Beazley - os quais estão patentes no Museu do Design de Londres até 19 de fevereiro - o Better Shelter foi aquele que melhor correspondeu aos critérios para encontrar o vencedor: promover a mudança, captar o espírito do ano, melhorar as acessibilidades e ter um design inovador. O abrigo venceu na categoria de arquitetura e no prémio geral.
Entre os nomeados para estes prémios encontravam-se um livro bebível, capaz de purificar a água e assim reduzir doenças, ténis feitos com plástico retirado dos oceanos, um capacete para bicicleta com iluminação própria ou um sistema para avaliar os edifícios ao nível da segurança.