A "Playlist" de André Carrilho em 18 caricaturas de músicos

Um ano depois, o ilustrador volta a resgatar um conjunto de trabalhos que mostra na Passevite, em Lisboa. E na "Playlist" que hoje lança, com 18 ilustrações de músicos.

Uma Playlist que se vê através do traço de André Carrilho no segundo número do zine que o ilustrador lança hoje, às 19.30, no âmbito da exposição com o mesmo nome inaugurada no sábado na galeria Passevite, em Lisboa. Ou seja, um pequeno livro em que junta 18 caricaturas de músicos originalmente publicadas nos Estados Unidos, no Reino Unido, em Espanha e em Portugal, no Diário de Notícias, como é o caso da ilustração de Bob Dylan publicada nesta página.

"Gosto sempre de pensar que a ilustração e a caricatura são atividades de complementaridade com outras áreas artísticas. E sempre gostei de caricaturar músicos porque a caricatura pode ser uma crítica mas também uma homenagem. Dá-me muito prazer fazer caricaturas de pessoas que eu admiro e os músicos são pessoas que fazem parte da nossa vida através da música que ouvimos", diz ao DN.

Depois de Uppercut, exposição de 14 cartoons políticos inaugurada em dezembro de 2016, André Carrilho aposta agora neste conjunto de obras para o Uppercut#2, com o título Playlist. "Comecei com o cartoon político, agora estou a ir para a caricatura, a próxima será sobre outro assunto e vou-me debruçando sobre as várias vertentes da minha atividade", conta, revelando que pretende fazer duas publicações por ano.

"Achei que era bom revisitar estes trabalhos porque são o testemunho de uma época, de personalidades que acho interessantes", refere sobre os trabalhos que escolheu, na sua maioria publicados no jornal Independent on Sunday e na revista Word entre 2005 e 2016. Para além de ambas as publicações já não existirem, "achei piada encontrar aqui um conjunto que tivesse uma coerência e que desse um corpo interessante a uma obra que já mais ninguém vê, são obras efémeras e que juntando-as podem ser algo mais perene".

Não só nas paredes da galeria e no zine que hoje é lançado como nas serigrafias em formato A2 e A1, de edição limitada, numerada e assinada pelo artista, que serão vendidas a 170 euros e 250 euros, respetivamente.

Para chegar a esta seleção, Carrilho escolheu os desenhos que mais gosta, os que considera terem ficado "mais conseguidos". Mas também pesaram as preferências pessoais em termos musicais. "Por exemplo, tinha um desenho da Taylor Swift que não selecionei porque é uma artista que não me diz grande coisa", contextualiza André Carrilho.

No Facebook da Passevite, André Carrilho deixa um link para a sua playlist, não em ilustrações mas em música mesmo. "Foi para aproveitar este ambiente tecnológico em que os media se cruzam todos e também para retribuir e pôr as pessoas a ouvir as músicas deles."

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