Yusuf Jamal, a campeã moral da corrida mais suja de sempre
Ponto de partida. Jogos Olímpicos de 2012, em Londres, final dos 1500 metros femininos. O tempo da vencedora (4.10.23), a turca Asli Cakir Alptekin, foi apenas 10 segundos mais lento do que a final olímpica anterior. Para se ter uma ideia, o tempo da portuguesa Carla Sacramento, obtido em Atlanta 1996, daria para conquistar a medalha de ouro em 2012.
Esta introdução serve para vincar a ironia de esta ter sido, provavelmente, uma das corridas mais sujas de sempre, pois seis das 12 finalistas ou foram suspensas ou estão sob uma suspeição relacionada com o doping.
Olhemos para o pódio. A vencedora foi, como já dissemos, a turca Cakir Alptekin, mas a sua relação com o doping começou em 2004 quando acusou uma substância proibida no Mundial júnior. Foi suspensa por dois anos e regressou ao atletismo, sendo treinada pelo seu marido. Neste momento está suspensa por oito anos, depois de ter acusado doping sanguíneo em 2013. A sua situação motivou uma dura batalha entre a Federação turca de atletismo e a Associação Internacional de Federações de Atletismo (IAAF) que recorreu ao Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) para clarificar a situação da turca, que aceitaria, já no ano passado, perder o título olímpico e o título europeu de 2012.
Leia mais na edição impressa ou no e-paper do DN.