Xavier Dolan reinventa as leis do melodrama
Perante o impacto da obra de Xavier Dolan, cineasta canadiano nascido em Montreal a 20 de março de 1989, apetece reescrever um velho adágio sobre os méritos profissionais da antiguidade, proclamando agora: a juventude não é um posto... O mínimo que se pode dizer de Dolan é que ninguém ficará indiferente ao facto de, apenas com 25 anos, ele ter realizado um filme como Mamã (estreia hoje), colocando em cena de forma tão dramática, e também tão irónica, os eternos conflitos de gerações.
O filme valeu mesmo a Dolan um dos prémios mais saborosos de uma carreira curta, mas já pontuada por diversas distinções. Assim, no passado mês de maio, no Festival de Cannes, Mamã recebeu o Prémio do Júri, ex-aequo com o mais recente trabalho de Jean-Luc Godard, Adeus à Linguagem (que chegará às salas portuguesas a 8 de janeiro). Presidido pela cineasta neozelandesa Jane Campion, o júri aproximava, assim, num mesmo gesto de reconhecimento e consagração, o mais jovem e o mais veterano dos autores presentes no certame (Godard completou 84 anos no dia 3 de dezembro).
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