"Vou matar toda a gente". Passageira tenta abrir porta de avião em pleno voo
O "comportamento agressivo e perigoso" de uma mulher causou o pânico a bordo de um avião da companhia aérea britânica Jet2. "Eu vou matar toda a gente", ameaçou Chloe Haines, de 25 anos, que tentou abrir uma porta do avião em pleno voo. Acabou por ser detida, multada em 85 mil libras (cerca de 94 mil euros) e está proibida de viajar pela companhia britânica.
O incidente aconteceu durante um voo em junho que partiu do aeroporto londrino de Stansted com destino a Dalaman, no sudoeste da Turquia. Ao todo, foram 45 minutos em que o avião esteve "sequestrado" pela mulher que chegou a entrar no cockpit a ameaçar matar toda a gente. Só parou com o comportamento agressivo ao ser detida pela tripulação e alguns passageiros.
O avião teve de voltar para Londres escoltado por dois caças Typhoon da Royal Air Force (RAF), que provocaram um enorme ruído que podia ser ouvido a quilómetros de distância. O estrondo surpreendeu muitos habitantes da zona de Stansted que ligaram para a polícia a relatar o que tinham acabado de ouvir.
De acordo com a imprensa britânica, testemunhas contam que Chloe Haines agrediu uma comissária de bordo antes de ser travada pelos passageiros. Quando o avião regressou ao aeroporto de Stansted, a mulher foi detida pela polícia por suspeita de agressão e por colocar em perigo a segurança dos passageiros e aeronave.
"Ela empurrou uma assistente de bordo de um lado do corredor para o outro. Estava a dar murros, pontapés e a gritar para as assistentes de bordo, que tentaram impedi-la, mas não conseguiram", relatou Steven Brown ao The Sun. Ao tabloide britânico, o passageiro associou o comportamento violento de Haines a alguém que tinha acabado de tomar drogas. "Era como se estivesse possuída", destacou.
Mas o momento mais aterrador vivido em pleno voo foi quando a mulher tentou abrir uma das portas do avião. "Ela agarrou a maçaneta da porta a gritar que queria morrer e que queria matar toda a gente", contou Brown. "Honestamente, pensei que era o fim, que iríamos ser todos sugados", admitiu o passageiro, um dos que a conseguiu travar.
Em comunicado, a Jet2 refere que Haines tem de enfrentar consequências "muito sérias" das suas ações. De acordo com a companhia aérea, este foi o caso mais grave que já tiveram em relação a comportamentos inadequados de passageiros. A Jet 2 emitiu mesmo uma proibição vitalícia a Chloe Haines devido ao seu "comportamento perturbador".
De Maidenhead, no condado de Berkshire, Haines, uma assistente operacional de uma empresa de café, a Costa Express, foi proibida de conduzir durante 28 meses por ter sido apanhada a conduzir alcoolizada, apenas duas semanas antes da confusão que gerou no avião da Jet 2.