Viveu três dias como uma cabra nos Alpes e ganhou um IgNobel

A Volkswagen também foi distinguida, com o IgNobel da Química, pelo escândalo das emissões
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São uma versão muito mais bem-humorada dos Prémios Nobel e não tão disparatados como podem parecer à primeira vista: servem para lembrar que às vezes é preciso pensar "fora da caixa" para a ciência avançar. E este ano distinguiram um investigador que viveu três dias como se fosse uma cabra, nos Alpes, um estudo sobre a personalidade das rochas e outro sobre como a perspetiva do mundo muda quando estamos de cabeça para baixo, entre muitos outros.

Os Prémio IgNobel foram atribuídos ontem, na Universidade de Harvard, na 26ª edição destes galardões. A revista Natura chama-lhes "o ponto alto do calendário científico".

Entre os estudos distinguidos está por exemplo um dedicado à influência de usar calças de poliéster, algodão ou lã na vida sexual, que ganhou o IgNobel da reprodução. E outro sobre a personalidade das rochas, para efeitos de marketing, galardoado com o IgNobel da Economia.

Uma descoberta que foi premiada e que vale a pena lembrar? A de um grupo de investigadores que percebeu que quando se tem comichão no lado esquerdo do corpo é possível aliviá-la olhando para um espelho e coçando a parte direita (e vice-versa). Valeu o IgNobel da Medicina.

Outro estudo útil, ao qual foi atribuído o prémio da Paz: "Sobre a receção e deteção de tretas pseudo-profundas".

O vencedor do IgNobel da Química não deve ter ficado muito feliz já que foi a Volkswagen - "por resolver o problemas das emissões poluentes excessivas por automaticamente e de forma eletromecânica produzir menos emissões sempre que os carros estão a ser testados". Uma referência aos escândalo da fraude nas emissões poluentes que custou milhões ao grupo alemão.

Os prémios são organizados pela revista humorística Annals of Improbable Research. Nenhum investigador fica magoado - todos são contactados previamente e decidem se querem participar e receber um prémio que "celebra o incomum e imaginação".

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