"Tínhamos hipóteses de fazer muito mais se no fundo tivéssemos apoio governamental, que permitisse a saída dos contentores do porto com mais rapidez", afirmou a responsável pela Viver 100 Fronteiras, Natália Oliveira, que terminou hoje mais uma missão de ajuda no país..Natália Oliveira criou a Viver 100 Fronteiras em 2008, depois de ver que a Guiné-Bissau precisava de ajuda.."Em 2008, quando cheguei vi que a Guiné-Bissau precisava de ajuda. Vi este país mais debilitado e carenciado e as pessoas mais humildades e reconhecedoras. Essa virtude das pessoas deu-me vontade de continuar", afirmou..Passados quase 10 anos desde o início da sua missão na Guiné-Bissau, Natália Oliveira gostava de fazer um balanço "mais feliz".."Gostava de ficar mais feliz com o meu balanço. Não deixa de ser positivo, mas numa percentagem inferior às minhas expectativas", afirmou..Entre 2008 e até hoje, Natália Oliveira trouxe para a Guiné-Bissau 46 contentores de 46 toneladas com ajuda para os setores da saúde, educação e alimentação, avaliada em 52 milhões de euros..A estes envios de ajuda acrescem três ambulâncias.."Temos um trabalho visível e palpável" em todas as regiões da Guiné-Bissau, sublinhou..Passados quase 10 anos, Natália Oliveira apostou no apoio a apenas quatro projetos nos setores da educação, saúde, desporto e social..No setor da educação vai apoiar um projeto em Pitche, onde inaugurou há duas semanas uma biblioteca com cinco mil livros.."A escola de Pitche foi apadrinhada por um externado de Lousada e já temos mais 10 mil livros para enviar", disse..Em Bissau, vai reabilitar um centro de saúde comunitária com o apoio do Ministério de Saúde e no desporto apadrinhou a equipa de futebol de Bissorã, da segunda divisão.."Vou apoiar a equipa de futebol com a condição de aqueles jovens com dificuldades e carências a todos os níveis continuarem a estudar", explicou..O projeto de apoio social está direcionado a mulheres com deficiências, a quem vai brevemente entregar 100 cadeiras de rodas..A Viver 100 Fronteiras começou na Guiné-Bissau, mas também tem realizado missões de ajuda no Senegal, São Tomé e Cabo Verde..Para este ano, está previsto também apoio ao Haiti, Costa do Marfim e Moçambique.