Vital Moreira defende fiscalização preventiva dos tratados

Constitucionalista declarou que Estado não pode vincluar-se a compromissos internacionais sem acautelar a constitucionalidade do mesmo
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O constitucionalista Vital Moreira defendeu, esta manhã durante uma conferência da Fuindação Francisco Manuel dos Santos, a intervenção do Tribunal Constitucional na fiscalização dos tratados internacionais assinados pelo Estado português. Segundo Vital Moreira, os tratados deveria passar por uma fiscalização preventiva da constitucionalidade.

Não referindo, por exemplo, o tratado orçamental europeu, o constitucionalista sustentou a sua posição com o facto de Portugal "poder ser fortemente penalizado internacionalmente" pelo não cumprimento de um tratado, sendo que tal pode implicar a aprovação de leis não conformes à Constituição. Exemplificando: o Governo, por força do tratado orçamental da UE está obrigado a cumrprir metas para o défice. Estas podem estar comprometidas caso o Tribunal Constitucional declare como ilegais normas de um determinado Orçamento do Estado.

Ainda assim, e como lembrou Jorge Pereira da Silva, outro constitucionalista, o próprio documento fundamental da República prevê que uma lei declara incosntitucional pode ser novamente aprovada, mediante a aprovação de 2/3 do Parlamento e posterior promulgação pelo Presidente da República.

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