Visitas a museus e palácios registam aumento ligeiro

Os museus e palácios nacionais receberam no primeiro semestre de 2010 um total de 1.129.130 visitantes, representando um ligeiro acréscimo em comparação com o mesmo período do ano passado, apesar da crise económica.
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De acordo com dados estatísticos inscritos no sítio online do Instituto dos Museus e da Conservação (IMC), o acréscimo global ascende a cerca de 10 mil entradas (equivalente a um por cento) a mais nos 28 museus e cinco palácios nacionais, do que nos primeiros seis meses de 2009.

Apesar de 2010 estar a ser um ano de crise económica acentuada, e de dificuldades financeiras para muitas famílias, os museus parecem não ter sido riscados dos seus programas culturais ou de lazer.

Como em anos anteriores, o pico de visitantes verificou-se em maio - com um total de 270 mil visitantes - quando se assinala o Dia Internacional dos Museus e a Noite dos Museus, uma maior afluência associada à intensa programação cultural das celebrações.

Segundo os dados estatísticos oficiais, o primeiro semestre de 2010 registou 1.129.130 visitantes, exactamente mais 9.957 do que em período análogo de 2009 (1.119.173).

Nos museus, o Museu Nacional dos Coches, em Lisboa, manteve a liderança, com 94.050 entradas, às quais acrescem 8.029 no núcleo de Vila Viçosa.

Em segundo lugar ficou o Museu Nacional de Arqueologia, também na capital, com 45.570 visitantes, cuja polémica transferência para a Cordoaria Nacional foi este ano alvo de críticas por parte de museólogos e personalidades ligadas à cultura.

A oposição chegou a aprovar, no parlamento, uma recomendação contra as alterações de museus no eixo Belém/Ajuda.

Um dos argumentos contra esta decisão do Governo por parte do director do museu, Luís Raposo, prende-se justamente com o receio da perda de visitantes, já que o espólio da arqueologia está instalado no Mosteiro dos Jerónimos, mas a tutela sustenta que obterá o espaço de que precisa na Cordoaria.

As estatísticas oficiais mostram ainda que o Museu Monográfico de Conímbriga ficou em terceiro lugar nas preferências dos visitantes, com 45.245 entradas no primeiro semestre deste ano.

Também o Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa, esteve entre os mais visitados, com 44.150 entradas, o Museu Nacional do Azulejo, também na capital, com 43.560 entradas, o Museu Grão Vasco, no Porto, com 43.523, e o Museu D. Diogo de Sousa, em Braga, com 40.716.

Nos cinco palácios nacionais, lidera o Palácio Nacional de Sintra, com 161.698 visitantes, seguido do Paço dos Duques, em Guimarães, com 131.441, e em terceiro o Palácio Nacional de Mafra, com 119.876 visitantes.

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