Vice-primeiro da Grécia quer BCE sob alçada do poder político

Evangelos Venizelos considera que a troika também deve ser sujeita ao escrutínio do Parlamento Europeu para ser legitimada politicamente.
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O "Jornal i" escreve hoje que "o vice-primeiro-ministro e ministro dos Negócios Estrangeiros grego, Avangelos Venizelos, apelou ontem a uma maior contenção do palpel da Alemanha na Europa. Numa entrevista ao jornal alemão "Frnakfurter Allgemeine Zeitung", o governante disse que "não é fácil para os alemães aceitarem a diversidade europeia e o direito a outras soluções", salientando os "impressionantes ajustamentos orçamentais" que o país tem feito nos últimos anos.

"Em linha com outras afirmações recentes de diversos membros do governo de Atenas relativamente á continuação da austeridade em 2014 - que os gregos querem aliviar - o ministro advertiu a Alemanha para os riscos de uma saída da Grécia da moeda única. Venizelos defendeu também que a troika (Banco Central Europeu, Fundo Monetário Internacional e Comissão Europeia) passe a ser sujeita ao escrutínio do Parlamento Europeu. "Neste momento, a troika não representa apenas as três instituições que a compõem, mas também os governos dos países membros da zona euro. Só o Parlamento Europeu não tem nada a dizer, quando habitualmente é ouvido sobre todos os assuntos". Para Venizelos, o Banco Central Europeu e os bancos centrais nacionais devem ser supervisionados por estruturas políticas. "Em causa está o controlo democrático, institucionalmente organizado", conmsiderou, porque "as estruturas políticas são sempre as legítimas representantes dos cidadãos".

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