Ver as ruínas, encontrá-las nos livros é a viagem de André Tavares
Um mês em viagem. Foi essa proposta de André Tavares em Ruína, ou o Livro de Arquitetura, com que venceu o prémio anual Fernando Távora. Londres, Paris, Vicenza e Roma serão pontos de paragem do arquiteto, vencedor da bolsa de 6 mil euros.
"Vai ser uma viagem de verão", conta. "Vou fugir, salvo seja", ri-se, ao telefone com o DN. Trata-se uma oportunidade para ver ao mesmo tempo os edifícios e as primeiras edições de livros que representaram esses edifícios. Volta a tempo de preparar a conferência, onde é apresentado resultado dessa viagem. André Tavares prevê apresentá-la a 5 de outubro, de acordo com os regulamentos do concurso, promovido pela Ordem dos Arquitetos - Secção Regional Norte.
As primeiras duas etapas são as mais próximas. Londres e Paris. "Tudo culminará com Roma, onde estão as ruínas da Antiguidade Clássica. Há um paralelo que André Tavares quer traçar. "No século XVI, quando a arquitetura começa a pensar através de livros, redescobrem a Antiguidade Clássica, o que operará uma reforma na profissão", nota.
Os 6 mil euros do prémio permitem "juntar ao mesmo tempo os livros, edições originais, ruínas e testemunhos físicos", explica. "Experimentar os livros, edições originais e ruínas, testemunhos físicos". Por exemplo, ir ao Panteão de Roma, "que depois vou reencontrar em quatro livros do Andrea Palladio em Vicenza.