Ventura escreve ao Papa a pedir perdão por não ter estado com ele na JMJ

Numa carta dirigida ao Papa Francisco, o presidente do Chega mostra-se arrependido por não ter estado na Jornada Mundial da Juventude, em Lisboa, e pede perdão.
Publicado a
Atualizado a

O presidente do Chega escreveu uma carta ao Papa Francisco a pedir perdão por não ter estado com ele na Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que decorreu em Lisboa no início deste mês (entre 1 e 6 de agosto).

Na carta, divulgada esta terça-feira pelo Correio da Manhã, André Ventura mostra-se arrependido por não ter estado na receção ao Papa no Centro Cultural de Belém (CCB) e pede desculpa pela ausência.

No primeiro dia em Portugal, para participar na JMJ, o Sumo Pontífice discursou no CCB perante decisores políticos, diplomatas e figuras da cultura portuguesa e, na altura, Ventura estava na Madeira em campanha para as eleições de setembro.

"Confesso que podia ter estado no CCB com Sua Santidade e não desejei esse encontro. Peço a Deus que me perdoe por isso e tenho tido todas as dificuldades com a minha própria consciência", lê-se na carta escrita pelo líder do Chega ao Papa Francisco.

Nos excertos divulgados pelo jornal, Ventura também tece críticas à Igreja Católica ao considerar que se comporta como um partido de esquerda na crise migratória e por, segundo o líder do Chega, branquear líderes políticos corruptos como Lula da Silva ou Dilma Roussef.

Já em outubro de 2020, na entrevista DN/TSF, o presidente do Chega criticava o Papa Francisco. "Eu acho que este Papa tem prestado um mau serviço ao cristianismo. Acho que tem mostrado a esquerda revolucionária quase como heroica e a esquerda europeia marxista como a normalidade", começou por afirmar.

"Acho que este Papa tem contribuído para destruir as bases do que é a Igreja Católica na Europa e acho que em breve vamos todos pagar um bocadinho por isso", referiu.

Na mesma entrevista, Ventura disse não sentir o apoio da hierarquia da Igreja. "Nem tinha de sentir", declarou para logo dizer que sentia "o apoio de muitos padres, de muitos sacerdotes no país inteiro, sobretudo desde a eleição para a Assembleia da República."

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt