Venizelos pode conseguir governo pró-europeu

À terceira será de vez: líder do PASOK convenceu partido anti-resgate a juntar-se a uma coligação. Falta a Nova Democracia.
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A Grécia poderá estar à beira de conseguir formar um governo pró-europeu. O líder do Partido Socialista Pan-Helénico, Evangelos Venizelos, conseguiu convencer Fotis Kouvelis, líder da Esquerda Democrática (Dymar), a aceitar o princípio de um "governo ecuménico", sem que fossem explicados os detalhes do que isso significa.

Venizelos é o terceiro protagonista de uma tentativa de formação de governo e, caso fracasse, a Grécia terá de repetir as eleições já dentro de um mês, com risco elevado de provocar uma crise na zona euro.

A primeira tentativa de formar executivo coube ao vencedor das eleições, Antonis Samaras, da Nova Democracia (conservadores), que obteve o apoio do PASOK na formação de um governo favorável às condições do memorando, somando 149 deputados. Faltavam dois deputados para a maioria. Refira-se que o Dymar tem 19 eleitos e, somado ao PASOK e à ND, permitirá uma maioria de 168 deputados (em 300).

A segunda tentativa, a cargo do segundo partido mais votado, a Coligação da Esquerda Radical (SYRIZA) fracassou ontem. O líder da formação, Alexis Tsipras, queria renegociar o resgate internacional e escreveu uma carta às organizações da troika considerando que o resultado das eleições tornava "nulas" as condições impostas à Grécia.

Para formar um governo de unidade, Venizelos terá ainda de convencer a Nova Democracia, que tem 108 deputados. Não é ainda claro se este governo terá de incluir a promessa de renegociar o memorando da troika, ideia defendida por Kouvelis durantea campanha eleitoral, ou se esta condição é aceite por Samaras.

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