"O último levantamento, do mês de julho, são seis mil pessoas em situação de grande precariedade que chegaram à Madeira", disse o presidente do governo regional da Madeira, Miguel Albuquerque, em declarações à Lusa à saída de uma audição na Assembleia da República..O presidente do governo regional madeirense referiu que os custos de integração dos emigrantes e lusodescendentes ainda não estão fechados, necessitando de contabilização, por exemplo as despesas com habitação, área em que, revelou, existem "mais de 300 pedidos urgentes" por parte daquela comunidade..Na quarta-feira, o secretário de Estado das Comunidades, José Luís Carneiro, vai reunir-se com a Secretaria Regional madeirense, podendo um secretário regional acompanhar a visita do governante à Venezuela no próximo fim de semana..O último balanço contabilizava que 4500 pessoas tinham viajado para a Madeira desde o agravamento da situação económica e social na Venezuela, em 2016..Questionado pela Lusa sobre a inclusão de uma verba no Orçamento do Estado (OE) para 2019 relativa aos custos de integração destas pessoas, Miguel Albuquerque deixou a questão em aberto.."Vamos discutir com o secretário de Estado, temos de falar com o governo, e o secretário de Estado [das Comunidades] é uma pessoa que tem tido disponibilidade para o diálogo, para nos acompanhar, e tem-nos ajudado, porque nós não conseguimos aguentar isto sozinhos", respondeu..Na comissão eventual de Acompanhamento do Processo de Definição da Estratégia Portugal 2030, Miguel Albuquerque foi questionado pelo deputado do CDS-PP Pedro Mota Soares sobre o "grande desafio" criado pelo regresso dos emigrantes portugueses na Venezuela..Miguel Albuquerque reiterou a sua proposta de criação de um corredor humanitário para fazer chegar ajuda aos portugueses e lusodescendente. Em relação ao apoio àqueles que regressaram à Madeira, disse que "há uma situação que obriga e vai obrigar a investimento do Estado português", que não contabilizou..A visita do secretário de Estado das Comunidades à Venezuela no próximo fim de semana ocorre numa altura em que portugueses e lusodescendentes gestores e gerentes de supermercados naquele país foram presos, acusados de impedir o abastecimento de produtos básicos e de violarem as leis que regulam os preços.