Aos desertores juntam-se cerca de 400 familiares, para quem o Governo colombiano estabeleceu um processo de "receção e atendimento", com base nas disposições internacionais sobre direitos humanos, indicou o Ministério dos Negócios Estrangeiros, em comunicado, no domingo..Neste sentido, e depois de entrevistados pelas autoridades de imigração, os desertores e as famílias receberam atendimento de saúde, apoio legal, comida e alojamento provisório, detalhou o gabinete..Neste momento, estão a ser processados pedidos de refúgio de "um número significativo de membros deste grupo", de acordo com a mesma nota, na qual o Governo também destacou o apoio logístico oferecido pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).."O Governo colombiano não irá tolerar qualquer perturbação da ordem pública ou ameaças à segurança por parte de qualquer cidadão, de qualquer condição ou nacionalidade, e estará atento à tomada de decisões em caso de qualquer ameaça dessa natureza", advertiu..A crise política na Venezuela agravou-se em 23 de janeiro, quando Juan Guaidó se autoproclamou Presidente da República interino e declarou que assumia os poderes executivos do Presidente Nicolás Maduro..Guaidó, de 35 anos, contou de imediato com o apoio dos Estados Unidos e prometeu formar um governo de transição e organizar eleições livres..Nicolás Maduro, de 56 anos, no poder desde 2013, recusou o desafio de Guaidó e denunciou a iniciativa do presidente do parlamento como uma tentativa de golpe de Estado liderada pelos Estados Unidos..A maioria dos países da UE, entre os quais Portugal, reconheceu Guaidó como "presidente interino, nos termos constitucionais venezuelanos, com o encargo de convocar e organizar eleições livres, justas e de acordo com os padrões internacionais".