EUA suspendem voos para a Venezuela "por motivos de segurança"
Os voos foram cancelados depois dos Estados Unidos anunciarem a suspensão imediata de todas as operações aéreas, inclusive as de carga, de e para a Venezuela, por alegados problemas de segurança para os passageiros, aeronaves e tripulações.
Os voos suspensos, segundo fontes aeroportuárias, seriam realizados pelas companhias aéreas Láser, Estelar e Avior.
Um vídeo divulgado na Internet por uma passageira mostra o momento em que os passageiros que se encontravam dentro de um avião recebiam ordem para abandonar a aeronave, bem como de quando as malas eram recolocadas nas viaturas que as transportariam de regresso ao Aeroporto Internacional Simón Bolívar de Maiquetía.
Os Estados Unidos anunciaram esta quarta-feira a "suspensão imediata" de todos os voos de e para a Venezuela, considerando que há uma ameaça à segurança dos viajantes, aeronaves e tripulações.
"Essa decisão é baseada na instabilidade política em curso e no aumento das tensões na Venezuela e no risco involuntário associado às operações de voo", informou em comunicado o Departamento de Segurança Nacional.
A informação detalhou que a suspensão dos voos permanecerá "em vigor indefinidamente" e que os departamentos de Estado, Transportes e Segurança Nacional continuarão a analisar as condições no país, e que irão rever a medida se estas se alterarem.
Num outro comunicado, o Departamento de Transportes explicou que a lei federal autoriza a suspensão dos serviços de companhias aéreas estrangeiras e norte-americanas entre os Estados Unidos da América e um país estrangeiro quando há condições em aeroportos que ameaçam "a segurança de passageiros, aeronaves ou tripulações".
Esta medida soma-se à decisão tomada pela Administração Federal de Aviação que proibiu operadores de aeronaves e pilotos certificados pelos Estados Unidos de voarem abaixo de 26.000 pés sobre território venezuelano, "também por razões de segurança".
Em 28 de março, a companhia aérea norte-americana American Airlines anunciou a suspensão indefinida dos seus voos entre os Estados Unidos e a Venezuela, que já haviam sido interrompidos temporariamente em 15 de março, alegando as mesmas "razões de segurança".
A American Airlines com sede em Fort Worth, no Texas, voava de Miami para Caracas e para a cidade de Maracaibo.