Venda de casas deverá cair 20% até final do ano

Pandemia tirou o fôlego ao imobiliário português. Estimativas apontam para uma quebra nas vendas da ordem dos cinco mil milhões de euros face aos 25,5 mil milhões registados em 2019. Ainda assim, os preços das casas não caem. Há escassez de oferta e uma elevada procura. O crédito também está barato.
Publicado a
Atualizado a

Os quase dois meses de confinamento que vigoraram no país devido à pandemia foram um travão para um mercado que ia de vento em popa. Neste ano, a venda de casas em Portugal poderá cair 20%, o que significará menos cinco mil milhões de euros de volume de transações face aos 25,5 mil milhões registados em 2019.

A estimativa deve-se ao adiamento das operações durante os primeiros meses da covid-19 e à limitação das viagens que "têm impossibilitado alguns negócios com compradores/investidores internacionais", diz Patrícia Barão, responsável da área residencial da JLL. Como sublinha, "devido ao sentimento de incerteza em relação ao futuro e também pelo facto de esta ser uma crise sem precedentes, houve investidores que adotaram uma postura de "esperar para ver", o que fez com que algumas transações no segmento residencial fossem adiadas".

Luís Lima, presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), admite que é "expectável uma quebra" no mercado residencial, embora não queira para já avançar com previsões. Contudo, vai lembrando que essa retração "já se sentiu no 2.º trimestre, que refletiu o período desconfinamento". Entre abril e junho, as transações caíram 21,6% em número e 15,2% em valor, face ao mesmo período de 2019.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt