Vencedor da Volta deve ser desclassificado e suspenso

Contra-análise confirmou teste positivo de Nuno Ribeiro. Três ciclistas da extinta Liberty Seguros enfrentam procedimentos disciplinares e deverão ser desclassificados e suspensos por dois anos.<br />
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A contra-análise a um controlo efectuado a Nuno Ribeiro, antes da Volta a Portugal, confirmou o recurso a doping, segundo os resultados enviados ontem pela União Ciclista Internacional (UCI) ao corredor e às autoridades desportivas portuguesas, apurou o DN. O ciclista português da extinta Liberty Seguros deverá perder o título de vencedor da prova portuguesa e ser suspenso por dois anos.

Nuno Ribeiro e outros dois ciclistas da Liberty Seguros - os espanhóis Isidro Nozal e Hector Guerra - acusaram dopagem com CERA, eritropoietina (EPO) de acção prolongada, substância detectada pelos laboratórios de Paris e Lausana, após uma acção de controlo-surpresa conduzida pela Autoridade Antidopagem de Portugal, mandatada pela UCI. O caso levou à suspensão provisória dos ciclistas e ao cancelamento do patrocínio, por parte da Liberty Seguros à União Ciclista da Charneca, o que levou o director desportivo Américo Silva a anunciar o fim da formação.

Com a confirmação do positivo do ciclista português e a decisão dos espanhóis em abdicarem das contra-análises, seguem-se agora os processos disciplinares. Ribeiro, Guerra e Nozal deverão ser punidos com suspensões de dois anos, pena mínima para quem registe casos graves de dopagem (pode ir até quatro anos, caso haja situações agravantes).

Os procedimentos disciplinares ficarão sob responsabilidade da Federação Portuguesa de Ciclismo, no caso de Nuno Ribeiro, e da sua congénere espanhola, para os processos de Nozal e Guerra.

A contra-análise pedida por Nuno Ribeiro confirmou os primeiros relatórios, num caso que também atingiu o médico da equipa, Alberto Beltrán, demitido da Xacobeo Galicia em plena Volta à Espanha - Beltrán tinha sido contratado de um dia para o outro para substituir o médico da equipa espanhola e, a partir desse momento, a própria organização da Vuelta intensificou os testes à formação, tendo em conta o passado nebuloso do clínico.

O DN tentou contactar Nuno Ribeiro, mas o ciclista não atendeu a chamada nem respondeu à mensagem de voz. Depois de terem sido divulgadas as notícias sobre as primeiras análises, o corredor decidiu ficar em silêncio até conhecer o resultado da contra-análise.

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