Veleiro que pertenceu a Mussolini apreendido pela polícia

Investigação por suspeita de crime organizado envolve três pessoas e 10 empresas.
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A polícia italiana apreendeu a um empresário um veleiro que pertenceu a Benito Mussolini por suspeitas de crime organizado. A investigação envolve três pessoas e dez empresas e levou ainda à apreensão de 32 terrenos, 10 empresas e 75 imóveis, tudo avaliado em cerca de 28 milhões de euros.

Segundo a agência noticiosa Reuters, a ordem de confisco indicava o nome de Salvatore Squillante, 68 anos, mas a polícia italiana não avançou o nome do empresário sob suspeita e os advogados deste não quiseram fazer comentários.

O veleiro foi oferecido a Mussolini por um amigo fascista na década de 1930, que o batizou de "Fiamma Nera" (Chama Negra). Salvatore Squillante comprou-o através de uma das empresas sob suspeita.

Em 1943, o barco foi deliberadamente afundado para impedir que caísse nas mãos dos alemães após a queda do regime fascista, tendo sido mais tarde recuperado e restaurado.

De acordo com a Reuters, os documentos do tribunal indicam que o empresário Salvatore Squillante, que já em 1993 cumpriu serviço comunitário por falência fraudulenta, fez negócios que sugerem um envolvimento com uma organização mafiosa sediada em Roma dirigida por um antigo gangster neofascista.

O empresário terá alugado uma propriedade do assassino condenado Salvatore Buzzi, que está acusado de ser um membro importante de uma organização que alegadamente desviou milhões de euros em contratos com a Câmara de Roma.

Durante a investigação, as autoridades, que colocaram o telefone de Buzzi sob escuta, conseguiram gravações em que este afirma que o tráfico de droga era menos lucrativo que os esquemas que envolvem migrantes.

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