Vaticano vai julgar mordomo do Papa e um cúmplice

Um tribunal do Vaticano anunciou hoje que vai julgar não só o mordomo de Bento XVI, Paolo Gabriele, no escândalo da fuga de documentos secretos, mas também um cúmplice deste, Claudio Sciarpelletti, cuja identidade só agora foi revelada.
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Paolo Gabriele irá responder por roubo agravado, enquanto Claudio Sciarpelletti, um informático que trabalhava na secretaria de Estado do Vaticano, é acusado de cumplicidade, indicou num comunicado citado pela AFP o juiz Piero Bonnet.

Paolo Gabriele, de 46 anos, foi detido a 23 de maio e colocado em prisão domiciliária no Vaticano a 21 de julho após 53 dias de detenção numa célula do Palácio do Tribunal, por trás da Basílica de São Pedro.

O mordomo era, até agora, o único acusado no caso conhecido como Vatileaks, a fuga de documentos ultra-secretos do Vaticano.

Gabriele é acusado de roubo agravado por ter tirado da secretária do seu superior, Georg Gänswein, o secretário particular do Papa, várias mensagens, cartas e emails ultra-secretos, alguns dos quais dirigidos ao próprio Papa Bento XVI. O mordomo terá fotocopiado os documentos antes de os transmitir para o exterior.

Casado e pai de três filhos, o católico Paolo Gabriele tinha toda a confiança do Papa desde que começara a a trabalhar para ele em 2006. E, segundo os seus próximos, Bento XVI ficou muito sentido com a "traição" do mordomo.

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