Vaticano elogia iniciativas de Obama no controlo de armas

O Vaticano elogiou hoje as iniciativas do Presidente norte-americano, Barack Obama, para travar a violência decorrente do uso de armas nos Estados Unidos, após o massacre ocorrido no mês passado numa escola básica de Newtown, no Connecticut.
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"As iniciativas anunciadas pela administração norte-americana para restringir e controlar a proliferação e o uso de armas é, com certeza, um passo na direção certa", disse o porta-voz do Vaticano Federico Lombardi na sua mensagem radiofónica semanal.

"É claro que ninguém pode iludir-se pensando que será suficiente limitar o número e o uso (de armas) para impedir assassínios terríveis como os de Newtown no futuro. Mas seria muito pior se fosse só conversa", declarou ao microfone da Rádio Vaticano.

Lombardi também notou que 47 líderes religiosos de diferentes credos nos Estados Unidos apelaram aos legisladores para que cheguem a acordo sobre a restrição à disseminação de armas de fogo.

O padre jesuíta também instou os países de todo o mundo a juntarem-se à luta contra "a produção, tráfico, contrabando de todo o tipo de armas de fogo", que afirmou ser alimentado por interesses e poderes económicos sujos".

Na quarta-feira, Obama assinou 23 ordens executivas para travar um surto de violência armada e exortou o Congresso a consagrar reformas duradouras em forma de lei, entre as quais a renovação e o reforço da proibição de armas e o desmantelamento do mercado paralelo que permite que 40 por cento das vendas de armas se realizem sem verificação do historial dos interessados.

O chefe de Estado norte-americano exortou especialmente a que sejam proibidas as espingardas automáticas e as grandes lojas de armas.

Vinte crianças e seis adultos foram assassinados a tiro no massacre ocorrido em Newton em dezembro passado.

Alguns republicanos proeminentes rejeitaram de imediato o plano de Obama, acusando-o de atacar o direito de porte de arma consagrado no artigo 2.º da Constituição norte-americana.

A influente National Rifle Association, a principal organização de defesa do porte de arma, rejeitou os planos de Obama, dizendo que estes apenas atacam os proprietários de armas cumpridores da lei.

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