Vamos descomplicar a Inteligência Artificial?

Estamos em contacto com ela cada vez que chamamos um elevador, escrevemos uma mensagem, fazemos uma compra na internet, ou cada vez que pegamos no nosso smartphone. Está em todo o lado, a toda a hora. Mas, afinal, o que é?
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A Inteligência Artificial (IA) é um tema que tem estado em constante debate e que necessita de ser aprofundado. Sabe-se que a IA existe, que se está em permanente contacto com ela, mas o que é que é realmente? Como se define? Onde é que é aplicada? Quais são as implicações? Como será daqui a uns anos o nosso contacto com ela?

Todas estas questões acompanham-nos quando se fala sobre IA, e a Fidelidade, em parceria com a Culturgest, deseja dar-lhes uma resposta, através de um ciclo de três conferências dedicadas à IA., onde o objetivo máximo é a promoção de mais conhecimento e reflexão sobre esta temática. Cada uma das conferências focar-se-á respetivamente: nas aplicações da IA; nas suas implicações; e nas especulações que se fazem sobre a mesma. E todas elas contam com a parceria científica do Instituto Superior Técnico (IST).

A razão para a criação desta conferência, segundo o Presidente da Fidelidade, Jorge Magalhães Correia, foi a correlação entre a atividade seguradora e a IA."Queremos saber mais sobre este tema e partilhá-lo com a sociedade".

A primeira conferência, Inteligência Artificial: Aplicações, já se realizou no dia 17 de março e o resultado não podia ter sido mais positivo. O grande auditório ficou praticamente cheio de pessoas de todas as idades. E todos vieram ouvir os especialistas Luísa Coheur, Professora do IST e investigadora no Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores; Pedro Bizarro, Cofundador e Chief Science Officer da Feedzai; Milind Tambe, Professor catedrático na Universidade do Sul da Califórnia (USC) e Codiretor e Fundador do Centro de Inteligência Artificial (CAIS); e Mário Figueiredo, professor catedrático do IST e investigador de aprendizagem automática, análise de imagens e otimização.

A grande ideia transmitida foi a de que a Inteligência Artificial tem muitos benefícios e que é um mais-valia para o nosso dia a dia. Pode ajudar-nos a organizar o quotidiano, através de bots domésticos; a tornar simples tarefas mais eficientes, como a compra de um bilhete de comboio, através de sistemas de pergunta-resposta; ou, em casos mais sérios, a combater a fraude fiscal ou a salvar a vida selvagem, através de sistemas de machine learning - uma prática que se caracteriza por ensinar um conjunto de técnicas a um sistema artificial, a partir de exemplos, para que este saiba tomar decisões, em determinadas situações -.

No entanto, ainda faltam muitos passos para que os sistemas de Inteligência Artificial sejam perfeitos, sem enviesamentos, sem preconceitos, que é algo que ainda acontece com frequência, dado que as máquinas são ensinadas por humanos, que, mesmo sem intenção, acabam por passar as suas parcialidades e ideias preestabelecidas. E esse é um dos grandes desafios do machine learning e da Inteligência Artificial: a imparcialidade, o não enviesamento - o alcance de um nível de perfeição não humano.

Quais são as implicações da introdução destes sistemas na sociedade, a nível ético, laboral, económico e político? Este será o tema do debate da próxima conferência, que terá lugar no dia 15 de maio, na Culturgest. A entrada será gratuita.

A Fidelidade, juntamente com a Culturgest, procura colocar temas importantes para a sociedade em debate; e tal será posto em prática durante três anos. Este primeiro ano e ciclo de conferências, dedicado à IA, decorrerá até 5 de junho, onde o objetivo máximo é a reflexão e a vontade de saber mais.

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