Valentino Rossi quer esticar a lenda até para lá dos 40

Piloto italiano, nove vezes campeão do mundo, e atualmente com 38 anos, está a negociar a renovação com a Yamaha até 2020
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Valentino Rossi é um daqueles desportistas que se tornam maiores do que o próprio desporto que praticam. Como Roger Federer, no ténis; Michael Phelps, na natação; Tiger Woods, no golfe; Usain Bolt, no atletismo; Kelly Slater, no surf... entre muitos outros. Figuras tão importantes nas respetivas modalidades que se tornaram lendas do desporto. Il Dottore, como Rossi é conhecido nos paddocks, é uma delas. E, aos 38 anos, não se dá ainda por satisfeito com uma carreira ímpar no motociclismo.

Segundo notícias veiculadas por alguns media especializados, à margem do Grande Prémio do Japão (que se corre esta manhã, às 06.00, hora de Portugal), Valentino Rossi quer esticar a lenda em pista até para lá dos 40 anos e estará a negociar com a Yamaha a renovação do seu vínculo atual, válido até 2018, por mais dois anos. Ou seja, o campeoníssimo da moto 46 - número que "imortalizou" na história do motociclismo - quer continuar a dar gás em pista mesmo como quarentão, continuando a desafiar por mais algum tempo uma concorrência bem mais jovem que cresceu já a vê-lo competir: Marc Marquez tem 23 anos, Jorge Lorenzo 29, Maverick Viñales 21...

O italiano, que foi campeão pela última vez em 2009, continua a demonstrar em pista que se mantém como um dos pilotos mais rápidos do MotoGP, como o provam os três vice-campeonatos consecutivos que acumulou nos últimos três anos, já de regresso à Yamaha, depois de dois anos pouco felizes na Ducati (em 2011 e 2012).

Esta temporada, Il Dottore segue na quinta posição da principal categoria do Mundial de motociclismo e continua ainda matematicamente na luta pelo título, mesmo apesar da grave queda que sofreu em treinos para o Grande Prémio de San Marino, no início de setembro, e que o obrigaram a ser operado à tíbia e ao perónio.

Na altura, a época de Rossi parecia estar em risco, mas o veterano italiano deu provas de que as suas "ganas" de competição se mantêm no top - aos 38 anos e nove títulos mundiais depois (sete na categoria máxima, uma em 250cc e outra em 125cc) - voltando à ação logo no Grande Prémio seguinte, em Aragão, onde terminou mesmo em quinto lugar, apesar das limitações.

À falta de quatro provas para o final desta temporada (contando com GP do Japão de hoje, para o qual Rossi parte da 12.ª posição, após nova queda nos treinos livres, e a pole foi para o francês Johann Zarco, também em Yamaha), não é expectável que Rossi consiga chegar este ano ao seu ambicionado décimo título mundial de motociclismo. Mas, a confirmarem-se as notícias sobre a sua renovação, ele continuará a tentá-lo pelo menos por mais três anos, esticando a lenda viva até 2020.

"Os mais novos têm elevado a fasquia nos últimos anos, mas a verdade é que ainda me sinto pelo menos tão rápido quanto eles. Por isso não sinto razões para parar. Ainda me continuo a divertir em pista", disse o italiano, já esta época, sobre a diferença de idades. Os adeptos agradecem.

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