Vale e Azevedo chamado a tribunal na próxima semana

O presidente do coletivo de juízes que julga o caso em que o ex-presidente do Benfica é acusado de desviar 4 milhões de euros ao Benfica requereu hoje ao Estabelecimento Prisional de Lisboa a presença de Vale e Azevedo em tribunal na próxima semana, para prestar declarações.
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João Vale e Azevedo é julgado neste processo por peculato, branqueamento de capitais e falsificação de documentos na 3.ª Vara do Tribunal de Lisboa, no Campus da Justiça. O antigo dirigente desportivo deverá estar presente na sessão da próxima terça-feira, dia 20, pelas 13:30 para prestar declarações.

Presente como testemunha esteve hoje António Sala, vice-presidente do Benfica entre 1997 e 2000, durante o primeiro mandato de Vale e Azevedo. Sala disse em tribunal que, numa fase inicial, considerava o advogado "fascinante". No entanto, revelou que, ao longo dos tempos, se apercebeu de irregularidades que, disse, eram feitas pelo presidente. O antigo dirigente diz que "tem a ideia" de que as contratações do clube eram sempre realizadas em nome próprio.

Luísa Cruz, advogada de Vale Azevedo afirmou que o antigo presidente do Benfica queria ter comparecido hoje no Campus de Justiça, mas tal não foi possível: "Era muito apertado ele vir. Os serviços prisionais ainda ligaram para a 3.ª Vara, mas é necessário um documento e não houve tempo para o obter", justificou a advogada.

O presidente do Benfica de 1997 a 2000 vai pedir um novo pedido de liberdade condicional por considerar que já cumpriu cinco sextos do cúmulo jurídico de 11 anos e meio, pelo que, segundo a sua advogada não terá de cumprir os restantes cinco anos e meio. O cúmulo jurídico foi estabelecido a 25 de maio de 2009 no âmbito dos processos Ovchinnikov/Euroárea (seis anos de prisão em cúmulo), Dantas da Cunha (sete anos e seis meses) e Ribafria (cinco anos).

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