Vai ser uma cerimónia branca. Outra vez
A hashtag #OscarsSoWhite nasceu o ano passado durante a noite de gala de entrega das estatuetas douradas e já está a ser usada este ano. A comunidade negra falha nomeações em todas as categorias, conhecidas ontem.
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Todos os potenciais candidatos ficaram de fora, como o ator Idris Elba, que era apontado como candidato a nomeação pelo desempenho em Beasts of No Nation, um filme que estreou ao mesmo tempo no Netflix e nos cinemas.
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O filme Straight Outta Compton, de F. Gary Gray, era esperado entre os nomeados para melhor filme mas só aparece na categoria de melhor argumento. Os guionistas são brancos, critica-se no Twitter.
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Creed: O Legado de Rocky, cujo protagonista é o ator Michael B. Jordan, recebeu uma nomeação, mas para o ator branco, Sylvester Stallone.
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A presidente da Academia de Artes Cinematográficas, Cheryl Boone Isaacs, afro-americana, reconheceu a desilusão ao site Deadline. "Claro que estou desiludida, mas isto não pode tirar a grandiosidade (dos filmes nomeados). Foi um ótimo ano no cinema. Nunca sabemos o que vai aparecer no papel até vermos", disse.
Um mexicano e dois filmes irlandeses
A nota de diversidade é dada pelo realizador mexicano Alejandro González Iñarritu, nomeado por O Renascido.
Entre os atores nomeados (principais ou secundários) só a nacionalidade os distingue. Há uma australiana, Cate Blanchett (Carol), três britânicos - Eddie Redmayne (A Rapariga Dinamarquesa), Kate Winslet (Steve Jobs) e Charlotte Rampling (45 Anos) e uma sueca, Alicia Vikander (A Rapariga Dinamarquesa).
Mas, para lá de branco, nota o New York Times, os Óscares têm tons irlandeses. Room (história de uma mulher e do seu filho mantidos em cativeiro) e Brooklyn (sobre uma imigrante irlandesa em Nova Iorque).
Só não será uma cerimónia totalmente branca porque o apresentador é Chris Rock. É no dia 28 de fevereiro.