Os 5 melhores policiais para enervar o leitor

Stieg Larsson abriu a porta para uma infindável lista de nomes estranhos que assinam a maioria dos policiais que todos leem em todo o mundo: os nórdicos. Mas não são os únicos, dos EUA vem dois <em>thrillers </em>repletos de tensão.
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Para o leitor que não vai de férias sem um policial na bagagem a melhor opção está nos muitos títulos já reeditados pela nova Coleção Vampiro. A lista é grande e basta escolher entre os grandes clássicos do policial, da espionagem, do crime, entre outros géneros, que abundam na mais prestigiada coleção neste registo publicada em Portugal. Mas, se está disposto a novas experiências literárias, não faltam títulos recentemente lançados e que exploram outras visões além da mais tradicional sobre o romance policial. Uma coisa é certa, não faltam nos cinco livros que se seguem maquinações, mortes e muita maldade.

O mais inteligente

A autora Yrsa Sigurdardóttir não é totalmente desconhecida dos leitores portugueses, pois em tempos escreveu um policial, O Silêncio do Mar, já traduzido na nossa língua e que tinha o seu início em Lisboa. Desta vez, a escolha do editor recai em O Legado (Editora Quetzal), outra história de crime em que o suspense não falta. Claro que como na maioria dos policiais nórdicos tudo começa com uma mulher brutalmente assassinada em Reiquejavique. Quando o crime atinge outra mulher, a polícia começa a investigação e o que vai descobrir passa por um conjunto de mensagens codificadas de um assassino implacável. Para se dar uma opinião imparcial sobre este livro basta citar o prestigiado escritor de policiais James Patterson: "Os livros de Yrsa são muito cativantes, estimulantes e emotivos. Compreendo porque há tanta gente apaixonada pelos seus romances." Se não conhece ainda, é avançar.

O mais estranho

O Homem das Cavernas (Editora D. Quixote) é o terceiro policial do norueguês Jorn Lier Horst traduzido em Portugal nos últimos tempos e não será por acaso que tal acontece, é que este ex-inspetor-chefe da Polícia de Larvik na vida real é um profundo conhecedor da vida criminosa no seu país. Será este um dos fatores que o tornam um especialista neste género literário desde que em 2004 se iniciou na escrita ao ser despertado por querer relatar um crime verdadeiro. Desta vez, Horst traz um tema que nos parece conhecido, o da morte de um homem que vivia só e em cujo desaparecimento ninguém repara. No entanto, haverá alguém que se interessa pelo caso e o que se vai descobrir é a atividade de um serial killer norte-americano em atividade na Noruega. O resto da história fica para quem ler o livro.

O mais sangrento

O policial da escritora Susanne Jansson chegou à Feira do Livro de Frankfurt no ano passado e todos os editores quiseram comprar os direitos de O Pântano dos Sacrifícios (Editora Topseller). Não terá sido por acaso, é que a história é inesperada: um pântano que exige sacrifícios humanos. Claro que não será essa a vontade da natureza, mas é o que está a acontecer numa região da Suécia, onde uma bióloga descobre um homem inconsciente junto do pântano e a investigação policial que se sucede encontra vários corpos, com a particularidade de todos os cadáveres terem várias moedas nos bolsos. Para quem gosta do policial nórdico, este livro tem tudo para o satisfazer.

O mais intrincado

Não sendo um policial mas mais a atirar-se para o thriller, o último livro de John Grisham publicado em Portugal é a melhor indicação. O Manuscrito (Editora Bertrand) resume-se numa frase: "Quando os livros e o crime cruzam os caminhos, o resultado pode ser fatal." É isso que se passa nestas quase 300 páginas, nas quais um bando de ladrões assalta a Universidade de Princeton para roubar vários textos da biblioteca. Depois, um livreiro que negoceia em livros raros surge na aventura. Também não falta uma escritora em crise de inspiração... Tudo isto somado, torna este novo livro de Grisham essencial para estas férias.

O mais inesperado

Também na onda do thriller, O Gene da Atlântida (Editora Lua de Papel), de A.G. Riddle, tem páginas que nunca mais acabam (532) e se o leitor for lento dá para as férias todas. Mesmo que o argumento deste thriller seja daqueles que não deixam o leitor parar enquanto não chegar ao fim: há 70 mil anos, a erupção de um grande vulcão na Indonésia ameaçou levar à extinção da raça humana. Não aconteceu, mas o segredo que salvou a humanidade ficou desde então guardado pela natureza e, nos últimos dois mil anos, por uma irmandade que agora se vê a braços com o degelo da Antártida e a revelação desse mistério a qualquer momento. Diga-se que o livro já foi adaptado ao cinema e está traduzido em 23 países.

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