Universidades e politécnicos passam as 67 mil entradas após segunda fase
A segunda fase do concurso nacional de acesso aumentou, em 2078 alunos, o número de entradas nas universidades e nos politécnicos públicos, com as instituições fora de Lisboa e do Porto a reforçar o seu peso relativo no número de colocados, representando agora 54% do total, mais um ponto percentual do que em 2017. O número de ingressos no conjunto das duas fases é de 46 070.
De acordo com dados da Direção-Geral do Ensino Superior, a segunda fase terminou com um total de 9452 estudantes colocados, 4796 dos quais nos institutos politécnicos e 4656 nas universidades. No entanto, uma vez que parte significativa destes alunos já tinham sido colocados noutros cursos na primeira fase, e alguns dos que entraram nessa altura acabaram por desistir do ingresso, esta segunda temporada de acessos somou apenas os tais 2078 estudantes ao total de entradas.
Dos 17 109 candidatos que se apresentaram à segunda fase, apenas 5962 não tinham concorrido à primeira. Os restantes foram candidatos da primeira fase que não ficaram colocados, não se matricularam ou, tendo-se matriculado, decidiram fazer nova candidatura.
Na totalidade, incluindo lugares libertados por alunos que voltaram a concorrer, estiveram a concurso na segunda fase 14 606 lugares, dos quais ficaram ainda por preencher 5254. De acordo com as regras de acesso, as instituições ainda com lugares disponíveis decidem individualmente se levam essas vagas a uma terceira fase.
Ainda assim, lembra o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, em comunicado, "a colocação de estudantes nesta segunda fase confirma as estimativas de ingresso no ensino superior público, que apontam para cerca de 73 mil novos estudantes em 2018-19, quando consideradas todas as vias de ingresso, incluindo cerca de 45 mil novos estudantes a ingressar por via do concurso nacional de acesso".
A expectativa do governo é que se assista a um forte reforço dos ingressos por via de ofertas que não conferem grau académico mas permitem prosseguir estudos, particularmente os cursos técnicos superiores profissionais.
Uma novidade desta segunda fase de acesso, diz o ministério, foi a criação de um contingente especial para candidatos com deficiência, o que antes apenas acontecia na primeira fase. Esta medida permitiu aumentar em 28%, em comparação com o ano anterior, o número de alunos com ingresso por esta via, para um total de 231, que foi "o maior de sempre".
A matrícula e a inscrição dos alunos colocados na segunda fase decorre entre esta quinta-feira e o dia 1 de outubro, segunda-feira.