União Europeia aplica sanções a 16 sírios envolvidos em ataques químicos
O Reino Unido disse hoje que a União Europeia vai aplicar sanções a 16 cidadãos sírios, militares e funcionários governamentais, que terão estado envolvidos nos ataques com armas química contra civis.
O chefe da diplomacia britânica, Boris Johnson disse à margem do encontro dos ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia, em Bruxelas, que os 16 indivíduos vão enfrentar restrições relacionadas com vistos de viagem e congelamento de contas bancárias.
Johnson disse que a medida mostra as intenções do Reino Unido e "dos amigos da Europa" sobre os ataques com armas químicas na Síria.
Estes 16 nomes foram acrescentados à lista de pessoas visadas por sanções contra o regime de Damasco, por estarem envolvidas no fabrico e utilização de armas químicas contra civis, segundo um comunicado.
A lista é composta por oito militares e outros tantos cientistas "implicados na proliferação de armas químicas e no seu uso", segundo o Conselho da UE.
Com esta decisão, são já 255 as pessoas sujeitas a uma interdição de entrar no território da UE e que têm ainda bens congelados "por serem responsáveis pela repressão violenta exercida contra a população civil na Síria, por tirarem proveito do regime ou o apoiarem e/ou estarem associados a quem o faça".
Por outro lado, 67 entidades são já alvo de congelamento de bens.
Em 30 de junho, peritos da Organização Internacional para a Interdição das Armas Químicas (OIAC) confirmaram ter sido utilizado gás sarin num bombardeamento numa cidade síria, no dia 04 de abril, um ataque que matou 87 pessoas, muitas delas crianças.
As sanções contra a Síria abarcam, entre outras, um embargo petrolífero, restrições a alguns investimentos, o congelamento de ativos que o banco central sírio tem na UE e restrições às exportações de equipamentos e tecnologias.
Estas medidas, que foram prorrogadas em 29 de maio, vigoram até 01 de junho de 2018.