Uma piscadela de olho de Bogdanovich

<em>Ela é Mesmo... o Máximo!</em>, Peter Bogdanovich
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Não se passa pela estreia de um filme de Peter Bogdanovich com leveza, ainda que tratando-se de uma comédia. Ela é Mesmo... o Máximo! marca um regresso, que se poderia dizer nostálgico, do realizador americano, após 12 anos de interregno. Alguns recordar-se-ão do seu peso incomensurável no panorama cinematográfico, relacionado sobretudo com o papel de crítico e historiador de cinema - é autor de célebres entrevistas a Alfred Hitchcock, John Ford, Howard Hawks, Orson Welles...

E, não só pelo lado referencial, mas também, manda o reconhecimento que se lhe preste atenção.

Ela é Mesmo... o Máximo! partilha do espírito de carrossel de outros filmes seus (Que se Passa, Doutor? e Romance em Nova Iorque), colocando Owen Wilson no centro da narrativa cruzada, como um encenador que abastece prostitutas para vidas de sucesso.

Veja o trailer:

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Estranho? Na verdade, tem alguma candura. E se a dinâmica citadina de encontros e desencontros, e uma deliciosa citação de Cluny Brown, de Lubitsch, não tornam o filme essencial, pelo menos a elegância de base, o cheirinho a memória, toma-nos o gosto.

Classificação: ***

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