Uma nova política externa para o Japão
A tragédia de 11 de Março deve levar "o Governo a prosseguir um envolvimento activo com a comunidade internacional (...), o que fortalecerá a vitalidade nacional e apressará os esforços da reconstrução", lê-se no quotidiano nipónico.
"Desde o sismo e maremoto de 11 de Março, mais de 170 países e organizações internacionais dispuseram-se a ajudar o Japão, e muita dessa assistência já foi concretizada. Isto sucede porque o Japão coopera e cooperou com eles no passado."
Por isso, o Governo de Tóquio deve reconsiderar a "ideia de reduzir o montante das verbas para o apoio ao desenvolvimento", como foi defendido após o sismo. Porque este apoio "deve estar ao nível da posição do Japão como terceira economia mundial e contribui para manter a sua influência internacional."
O Yomiuri Shimbun destaca outro aspecto, que levanta ainda reticências no Japão, o do envolvimento das Forças de Auto-Defesa (SDF, em inglês) em operações de manutenção da paz das Nações Unidas. "O Governo não deve limitar as acções das SDF ao Japão. Devia considerar, de modo positivo, o envio de mais unidades para o Sul do Sudão, após a independência, e para outras partes do mundo em operações daquela natureza."