Uma dos objetivos da coordenação era fazer um estudo nacional para ter o perfil dos utilizadores das urgências. O projeto já avançou?.Neste momento estamos a concretizar uma série de projetos-piloto na região Norte, um deles que tem a ver com a gestão da doença aguda, como estão a ser usados os recursos dos hospitais e a forma como se relacionam com os cuidados de saúde primários. A região foi escolhida porque mais de 90% dos utentes tem médico de família. Queremos perceber em que situações e como é que os doentes devem ter acesso à urgência..Uma parte importante passa pela formação dos utentes..Temos um plano em prática onde se propõe um programa de literacia, que tanto pode ser para cidadãos como para profissionais. Temos de chegar cada vez mais perto dos cidadãos, dar orientações dentro do seu percurso e pontos de contacto para usarem os serviços da melhor maneira. Uma má utilização do SNS prejudica todos..Como vê o retrato apurado pela Administração de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo?.São dados que temos de olhar com cuidado e cruzar com outros para perceber toda a profundidade. Temos de melhorar estes dados, que já foram piores. Só há uma forma de melhorar, que é a integração dos cuidados de saúde hospitalares e os cuidados de saúde primários. Se não conseguimos fazer a verdadeira integração, que passa pela comunicação não vamos ter melhoria nos resultados. Não é com abertura de mais serviços que se resolve..Quando poderemos ter os primeiros resultados do trabalho que está a ser feito?.Esperamos que ainda durante este ano possamos ter já algumas orientações que nos permitam, a partir delas, construir algumas soluções. As três coordenações - cuidados de saúde primários, hospitalares e cuidados continuados - estão a recolher dados, a cruzá-los e estamos a trabalhar em conjunto para termos planos integrados com as três partes.