Uma equipa virtual a torcer por uma equipa de carne e osso
É certo que, a esta altura do Mundial, muitas equipas ficaram pelo caminho, mas o principal só fica decidido este domingo. Até lá ainda há muito para jogar. Os cromos dos videojogos, porém, têm esse assunto mais do que arrumado. Os campeões nacionais são os For the Win, depois de disputarem a final contra o Sporting. Conquistaram a taça da Fifa, em finais de junho, e vieram agora ao Terreiro do Paço, em Lisboa, festejar a vitória. E, para variar, assistir também a um jogo real entre a França e a Bélgica.
Deixaram os desafios virtuais para o próximo torneio da Federação Portuguesa de Futebol. Esta tarde os jogadores estão todos reunidos na Arena Portugal, uns a torcer pelos franceses e outros pelos belgas. Nada de especial, não fizessem eles parte de uma equipa que, durante as competições, nunca se encontram. "Cada um fica na sua casa. São onze a jogar contra outros onze", conta Guilherme Costa.
Amigos de bairro, colegas de trabalho, amigos de amigos, uns a viverem em Lisboa, outros no Porto, em Sintra, na Margem Sul e até na Suíça. Cada um escondido atrás de um comando. Foi assim que derrotaram grandes equipas como como o Braga, Boavista, Tondela ou Paços de Ferreira: "É um jogo solitário, tal como a maioria dos videojogos", explica Guilherme. Consertam táticas e jogadas à distância do skype, festejam vitórias e ultrapassam os fracassos sem mais ninguém ao lado. E, depois, para se vingarem de toda esta solidão, combinam jantares e almoços aos fins de semana. Desta vez o convívio é a ver a bola com jogadores de carne e osso.