Um salto de qualidade com um Tiquinho de Brahimi

FC Porto vence dérbi por 1-0, com um golo cedo de Tiquinho Soares e superioridade muito evidente na 1.ª parte. Na segunda, sem Nuno (expulso) no banco, dragões controlaram
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O FC Porto passou no Bessa ganhando apenas por 1-0, mas fazendo um bom jogo - sobretudo uma primeira parte de grande nível. E conquistou assim a sétima vitória seguida, que o mantém a um ponto do Benfica no segundo lugar. O Boavista bateu-se muito, jogou os últimos dez minutos com dez por lesão de Henrique, mas logo a seguir Maxi viu o segundo amarelo, num dérbi quente, e as equipas voltaram a ficar igualadas.

Foi um dragão forte que se viu e que promete continuar a perseguir o Benfica, porque dá ideia de ter subido um patamar ultimamente. Subiu um Tiquinho (Soares), que vai no quinto golo de azul e branco, mas não só: com este Brahimi metido no jogo a equipa é outra, até porque a defesa continua sólida. O Boavista teve duas oportunidades, uma em cada parte, isto de uma equipa que marcou três golos na Luz e que está a lutar até pela Europa. Um dérbi com ambiente de dérbi, com mais de dez mil portistas na bancada a mostrar que confiam nesta equipa.

Desta vez, Nuno Espírito Santo optou pelo 4-3-3, com Corona e um grande Brahimi nas alas e Soares no meio, com Óliver por trás. A novidade foi André Silva no banco, a primeira vez da época na Liga - e não viria mesmo a entrar porque Nuno preferiu Jota ao intervalo, quando Corona saiu por lesão.

A primeira parte foi muito boa da equipa do FC Porto, que merecia bem mais do que 1-0 conseguido por Tiquinho a passe de Corona logo ao minuto sete. Uma equipa a circular bem a bola com Danilo e André André no meio. Foi um começo forte dos dragões, como não é costume, a render um golo importante para a economia do jogo, como é evidente.

O Boavista também apresentou o habitual 4-3-3, com o peruano Bulos como ponta-de-lança, com Iuri Medeiros e Renato Santos nas alas. Muita agressividade de um lado e outro, jogo competitivo, de campeonato, dérbi, com um final de primeira parte a estragar as coisas: entrada duríssima de Talocha sobre Corona, que ainda reentrou mas já não regressou na segunda parte. Quando o árbitro apitou, Corona fez saber o seu desagrado a Talocha, entraram em campo os responsáveis do Boavista e depois os do FC Porto e gerou-se um sururu. Nuno Espírito Santo foi expulso e o treinador de guarda-redes do Boavista, Alfredo, também.

Os dragões tinham perdido várias oportunidades soberanas (Soares, Óliver, Brahimi) e tinham mostrado bom futebol, sobretudo pelas iniciativas do argelino, que voltou aos seus melhores tempos, perante um Boavista a tentar jogar de olhos nos olhos.

A segunda parte foi diferente, mais de controlo, com muitas faltas, mas com o dragão sempre melhor, a mandar no jogo e a saber manter a vantagem. Miguel Leal tentou com Schembri dar mais força ao ataque, mas Iuri Medeiros esteve muito abaixo do que costuma.

O Boavista não tinha Idris e isso notou-se porque o FC Porto teve ali sempre superioridade física apesar de ter jogado quarta-feira. A equipa teve alterações e de alguma forma respondeu bem, sobretudo Soares, que falhou golos, mas dá uma dimensão física que permite jogar de outra forma - ontem foi quase sempre em 4-3-3, mesmo quando André André aparecia mais à frente, num jogo em que Fábio Veríssimo mostrou cartões a mais, ainda que houvesse 38 faltas (22-16). Um deles, excessivo, foi o primeiro amarelo a Maxi, que caiu na área num lance que pode não ter sido penálti mas também não pareceu simulação. O uruguaio acabaria expulso por segundo amarelo aos 82".

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