Um novo olhar sobre a obra do Caravaggio espanhol

O Museu Thyssen-Bornemisza apresenta uma nova visão de um dos pintores mais importantes do Século de Ouro espanhol: Zurbarán. 63 obras, entre as quais uma do Museu de Arte Antiga.
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A proposta do madrileno Museu Thyssen-Bornemisza é uma exposição dedicada à obra de Francisco de Zurbarán, o grande mestre da pintura do Século de Ouro espanhol. Uma mostra onde se descobre um novo olhar no trabalho do pintor estremenho (1598-1664), resultado das descobertas alcançadas no âmbito de estudos realizados nas últimas décadas. Por isso são apresentadas algumas das mais importantes novidades e descobertas recentes, obras inéditas ou recentemente recuperadas, peças restauradas para esta ocasião e até um São Pedro emprestado pelo Museu Nacional de Arte Antiga.

"Trata-se de um pintor que foi um mestre da cor, com uma gama elegante que combinou na perfeição de forma valente e moderna", explica Mar Borobia, uma das comissárias da exposição, juntamente com Odile Delenda, a grande especialista da obra de Zurbarán que há três décadas a estuda. Esta é a primeira exposição que o Thyssen dedica a um grande pintor antigo espanhol. O Prado fez uma importante retrospetiva do artista em 1988 e em Sevilha, em 1998, para assinalar o quarto centenário do seu nascimento, houve também uma extensa mostra. Mas, nos últimos anos, surgiram e foram autenticados alguns quadros de Zurbarán, como oito pinturas excecionais que aqui se mostram pela primeira vez. "Estudámos as obras que tinham passado por Espanha e as que não, que se juntam às pinturas mais conhecidas para se conseguir uma visão completa do artista", sublinha Mar Borobia.

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